O Departamento de Estado norte-americano informou que Blinken partirá ainda hoje para uma viagem de uma semana a Israel e a vários países árabes, numa visita que também ocorre no momento em que Israel avalia retaliações contra o Irão, em resposta a ataques com mísseis balísticos no início deste mês.
A viagem era esperada depois de o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter dito na semana passada que enviaria Blinken para a região após o assassinato do chefe militar do Hamas, Yahya Sinwar, por Israel - uma medida que alguns acreditam que poderia abrir uma janela para novas negociações sobre uma proposta de cessar-fogo que foi definhando durante meses.
"Por toda a região, o secretário Blinken irá discutir a importância de pôr fim à guerra em Gaza, garantir a libertação de todos os reféns e aliviar o sofrimento do povo palestiniano. Continuará as discussões sobre o planeamento do período pós-conflito e enfatizará a necessidade de traçar um novo caminho que permita aos palestinianos reconstruir as suas vidas e realizar as suas aspirações livres da tirania do Hamas", explicou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado.
Nesse comunicado, fica prometido que Blinken também sublinhará a necessidade de um aumento substancial da ajuda humanitária que chega a Gaza, algo que o chefe da diplomacia e o secretário da Defesa, Lloyd Austin, deixaram claro numa carta às autoridades israelitas na semana passada.
Essa carta recordava a Israel que o Governo dos Estados Unidos poderia ser forçado, pela lei norte-americana, a restringir algumas formas de ajuda militar, caso a prestação de assistência humanitária continuasse a ser prejudicada.
Para além do conflito em Gaza, Blinken irá também transmitir a importância que o seu Governo atribui à obtenção de uma resolução diplomática para a escalada do conflito entre Israel e o Hezbollah no sul do Líbano.
Desde os ataques do Hamas em território de Israel, em 07 de outubro de 2023, e a resposta israelita, Blinken viajou 10 vezes para o Médio Oriente em busca de um fim para a crise.
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