"O embaixador alemão em Moscovo foi convocado para o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, ao qual foi feito um forte protesto", afirmou a diplomacia russa em comunicado.
"Washington, Bruxelas e Berlim devem saber que a expansão das infraestruturas militares da NATO no território da antiga República Democrática Alemã (RDA) terá as consequências mais negativas e não ficará sem resposta", acrescentou a diplomacia russa.
Segundo Moscovo, esta abordagem das autoridades alemãs "é uma continuação da revisão progressiva dos resultados da Segunda Guerra Mundial e da militarização do país".
Para Moscovo, esta decisão viola ainda as disposições do Tratado de Moscovo de 1990, que estabelece o estatuto internacional da Alemanha após a sua reunificação e que proíbe o estacionamento e o envio de tropas estrangeiras no território da antiga RDA.
A diplomacia russa estabeleceu um paralelo com a "remilitarização da Renânia pela Alemanha em 1936", um episódio-chave na marcha da Alemanha nazi rumo à Segunda Guerra Mundial, acusando o Ocidente de não ter aprendido as lições da História.
Na segunda-feira, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, inaugurou um novo quartel-general tático da Marinha alemã que vai servir a NATO, na cidade de Rostock, no nordeste do país e nas margens do Mar Báltico.
"Esta sede desempenhará um papel importante na coordenação das atividades marítimas da NATO no Mar Báltico e na integração dos nossos mais recentes membros, a Finlândia e a Suécia", explicou Pistorius.
O novo posto de comando será responsável, entre outras coisas, pelo planeamento de manobras conjuntas e estará pronto para dirigir as operações navais em tempos de paz, crise e guerra.
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