"As forças armadas da República Popular Democrática da Coreia existem, e onde estão? Por favor, perguntem a Pyongyang", declarou a porta-voz da diplomacia russa em conferência de imprensa, criticando um "exagero mediático".
Segundo Maria Zakharova, em declarações reproduzidas pela imprensa russa, a informação sobre o envio de tropas da Coreia do Norte é "uma farsa" que visa apenas "criar confusão" e assinalou que esta informação apareceu pela primeira vez nos meios de comunicação ucranianos.
A NATO confirmou hoje que os seus países-membros têm provas sobre o envio de tropas norte-coreanas para a Rússia, admitindo o risco de uma escalada da guerra na Ucrânia com o apoio de vários aliados de Moscovo.
Também o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, indicou hoje ter provas do envio de tropas norte-coreanas para a Rússia, enquanto o líder dos serviços secretos da Coreia do Sul afirmou que 3.000 soldados estão a receber formação em 'drones' e outros equipamentos militares antes de serem enviados para a Ucrânia.
Na conferência de imprensa, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia declarou que a cooperação com a Coreia do Norte, "quer no domínio militar, quer noutras áreas", respeita as regulamentações internacionais e "não causa qualquer dano à Coreia do Sul".
Segundo Zakharova, esta questão também estaria relacionada com um alegado pedido do Governo ucraniano a Seul de envio de armas para o seu território e que Kiev estaria agora a tentar exercer pressão em relação a este assunto.
"As autoridades sul-coreanas não se devem deixar levar pelo regime de Kiev", sublinhou a porta-voz.
Os serviços de informações sul-coreanos afirmaram que cerca de 12 mil militares norte-coreanos poderiam ser enviados para a Rússia, auferindo cada um deles um valor mensal equivalente a 1.850 euros.
As forças russas estariam ainda a "recrutar em massa" tradutores e intérpretes coreanos e russos.
No entanto, de acordo com os serviços de informações de Seul, estes soldados, com grande preparação física e mental, não terão por outro lado conhecimentos sobre a guerra moderna e não podem ser ainda destacados para o campo de batalha.
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