"O Governo está a seguir com grande preocupação o envio de tropas norte-coreanas para a Rússia, incluindo a possibilidade de as tropas participarem na invasão russa da Ucrânia", disse o porta-voz do executivo japonês, Yoshimasa Hayashi, em conferência de imprensa.
Esta informação "é muito preocupante, pois indica um reforço da cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte e agrava a situação na Ucrânia e o impacto na segurança regional em torno do Japão", afirmou.
Hayashi também se comprometeu a trabalhar em conjunto para trazer a paz à Ucrânia "de uma forma justa e duradoura e o mais rapidamente possível".
A reação do Japão surgiu depois de Washington se ter juntado a Kyiv e Seul para confirmar a presença de cerca de 3.000 soldados norte-coreanos em solo russo.
O Serviço de Informações da Coreia do Sul (NIS, sigla em inglês) estimou que Pyongyang já enviou cerca de 3.000 soldados para território russo, onde teoricamente se preparam para serem transferidos para a linha da frente na Ucrânia.
Esta informação, que foi partilhada pelo NIS com membros da comissão parlamentar sul-coreana dos serviços secretos, indicava que cerca de 10.000 soldados podiam ser enviados para a Ucrânia até dezembro, mas não fornecia mais pormenores.
Na semana passada, o NIS indicou esperar o envio de cerca de 12.000 soldados no total - um número próximo do avançado por Kyiv -, acrescentando que perto de 1.500 soldados já estavam em bases no Extremo Oriente russo, onde estão a receber formação, armas, uniformes e bilhetes de identidade russos.
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