A série de ataques de retaliação ao bombardeamento iraniano de 01 de outubro "terminou e a missão foi cumprida", declarou o exército, em comunicado.
Os aviões militares "atingiram locais de produção de mísseis (...) que o Irão tem vindo a disparar contra o Estado de Israel há um ano. Estes mísseis constituíam uma ameaça direta e imediata para os cidadãos de Israel", indicou.
O exército também efetuou ataques contra "baterias de mísseis terra-ar e outros sistemas aéreos".
"O Irão disparou centenas de mísseis contra o Estado de Israel em dois ataques, em abril e outubro, e está a financiar e a dirigir atividades terroristas através dos aliados no Médio Oriente para atacar Israel", continuou o exército na declaração, acrescentando que o Irão estava a trabalhar para "minar a estabilidade e a segurança regionais, bem como a economia global".
Numa declaração separada, o porta-voz do exército israelita explicou que estes ataques deram a Israel "maior liberdade de ação" no espaço aéreo iraniano, avisando Teerão de que pagaria "um preço elevado" por qualquer nova escalada.
"Se o regime iraniano cometesse o erro de iniciar uma nova escalada, seríamos obrigados a responder", disse o contra-almirante Daniel Hagari. "A nossa mensagem é clara: todos aqueles que ameaçam o Estado de Israel e tentam mergulhar a região numa escalada mais alargada pagarão um preço elevado".
As autoridades iranianas disseram que os ataques israelitas visaram bases militares nas províncias de Ilam, Khuzestan e Teerão e causaram "danos limitados", noticiaram meios de comunicação estatais do Irão.
Antes, a Organização de Aviação Civil do Irão tinha anunciado o cancelamento de voos em todo o país até nova ordem, devido ao ataque israelita, informou a agência estatal de notícias iraniana IRNA.
Os 'media' iranianos disseram que o ataque israelita visou bases militares no oeste e sudoeste de Teerão.
"Nenhum míssil ou ataque atingiu qualquer base militar da Guarda no oeste e sudoeste de Teerão", disse a agência Tasnim, citando fontes de segurança não identificadas.
"Os sons [de explosões] deveram-se às ações dos sistemas de defesa do exército em três locais à volta de Teerão contra a ação militar israelita", acrescentou.
O Irão, inimigo declarado de Israel, que não reconhece, disparou mais de 300 mísseis contra o Estado judaico em abril e cerca de 200 em 01 de outubro.
A República Islâmica apoia o movimento de resistência islâmica palestiniano Hamas, em guerra com Israel na Faixa de Gaza desde o ataque ao território israelita em 7 de outubro de 2023, e o movimento xiita libanês Hezbollah.
Este movimento islamista lança diariamente foguetes contra o norte de Israel a partir do sul do Líbano, palco, desde 30 de setembro, de incursões do exército israelita para o neutralizar.
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