Em junho, um júri de São Francisco considerou David DePape culpado de acusações que incluíam rapto agravado, roubo em primeiro grau e rapto de um idoso.
Antes de emitir a sentença, o juiz Harry Dorfman rejeitou os argumentos dos advogados de DePape de que lhe fosse concedido um novo julgamento pelo ataque de 2022 contra Paul Pelosi, que tinha 82 anos na altura.
"É minha intenção que DePape nunca saia da prisão, nunca poderá obter liberdade condicional", frisou Dorfman ao anunciar a decisão.
Um dos advogados de defesa, Adam Lipson, pediu a Dorfman antes de ser proferida a sentença que considerasse a saúde mental e o isolamento de DePape que o tornavam suscetível à propaganda 'online'.
"Este é um homem que sempre foi uma pessoa pacífica e cumpridora da lei até esta situação", frisou Lipson.
Quando teve a oportunidade de se dirigir ao tribunal antes da sua sentença, DePape, vestido com a cor laranja da prisão e com o cabelo castanho apanhado num rabo de cavalo, falou longamente sobre o 11 de Setembro ter sido um trabalho interno, a sua ex-mulher ter sido substituída por um duplo e os seus advogados fornecidos pelo governo a conspirar contra ele.
Numa carta lida em tribunal pela filha da vítima, Christine Pelosi, Paul Pelosi apelou à pena máxima, dizendo que o "último sono tranquilo" que tinha terminado abruptamente "quando o arguido invadiu violentamente a minha casa, invadiu o meu quarto e ficou em cima da minha cama com um martelo a exigir ver a minha mulher, gritando 'Onde está a Nancy?'"
Paul Peloso acrescentou que o ataque o deixou com inchaços na cabeça, uma placa de metal, tonturas e danos nos nervos da mão esquerda. Dormir sozinho em casa evoca memórias do ataque, frisou também.
Um júri federal já tinha condenado DePape por agredir um membro da família de uma autoridade federal e tentar raptar uma autoridade federal.
Em maio, foi condenado a 30 anos de prisão federal durante uma audiência invulgar de nova sentença que resultou de um erro judicial.
A punição no julgamento estadual será concomitante com a sentença federal.
Os advogados de DePape disseram que o julgamento estadual representou uma dupla ameaça após a sua condenação federal. Embora as acusações criminais não fossem exatamente iguais, os dois casos decorrem do mesmo ato, defenderam.
O juiz rejeitou algumas das acusações estaduais, mas manteve outras que não foram abrangidas pelo caso federal.
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