O esforço liderado pelos Departamentos do Tesouro e Departamento de Estado visa punir "países terceiros" que são acusados de prestar assistência material ao Kremlin ou de ajudar a Rússia a escapar às milhares de sanções que foram impostas ao país desde a invasão da Ucrânia em Fevereiro de 2022.
Entre os sancionados pelo Departamento do Tesouro estão 275 empresas acusadas de fornecer tecnologia avançada à Rússia, bem como empresas de defesa e de fabrico com sede na Rússia que produzem ou finalizam produtos militares a usar contra a Ucrânia.
Além disso, o Departamento de Estado norte-americano impôs sanções diplomáticas a vários altos funcionários do Ministério da Defesa russo e a empresas de defesa, a um grupo de empresas chinesas que exportam bens de dupla utilização na base militar-industrial da Rússia e a entidades e indivíduos na Bielorrússia relacionados com o apoio do regime do Presidente Alexander Lukashenko à indústria de defesa russa.
O vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, afirmou que os EUA e os seus aliados são "inflexíveis na determinação de diminuir e degradar a capacidade da Rússia de equipar a sua máquina de guerra", bem como a "impedir aqueles que procuram ajudar nos seus esforços através da evasão de sanções e controlos de exportação".
A iniciativa hoje anunciada é a mais recente de uma série de milhares de sanções norte-americanas que foram impostas a empresas russas e aos seus fornecedores noutros países desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 2022.
A eficácia das sanções tem sido questionada, especialmente porque a Rússia continuou a apoiar a sua economia através da venda de petróleo e gás nos mercados internacionais e até o Governo dos EUA já reconheceu que as sanções por si só não podem parar a guerra da Rússia contra a Ucrânia.
No início deste ano, os EUA aprovaram um pacote de ajuda à Ucrânia que permite ao Departamento de Estado confiscar ativos estatais russos localizados nos EUA e utilizá-los em benefício de Kiev.
Pouco depois, os líderes dos países do grupo das sete mais ricas economias concordaram em conceber um empréstimo de 50 mil milhões de dólares (cerca de 48 mil milhões de euros) para ajudar a Ucrânia na sua luta pela sobrevivência.
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