O Governo britânico pediu desculpa à mãe de uma criança que se tornou na primeira pessoa no Reino Unido a ter a poluição atmosférica registada como causa de morte.
Em causa está a morte de Ella Adoo-Kissi-Debrah, de nove anos, em fevereiro de 2013, depois de um ataque de asma, após ter sido exposta a uma poluição atmosférica excessiva.
Tal como explica a Sky News, a criança vivia a 25 metros da movimentada South Circular Road, em Lewisham, no sudeste de Londres, e o seu caso tornou-se histórico em 2020, quando finalmente registaram a poluição atmosférica como a sua causa de morte - a primeira num inquérito no Reino Unido.
A decisão veio depois de anos de luta da sua mãe, Rosamund Adoo-Kissi-Debrah, que processou o Ministério do Ambiente, o Ministério dos Transportes e o Ministério da Saúde, pedindo uma indemnização pela "doença e morte prematura" da filha.
As tutelas chegaram agora a um acordo, mas não foi revelado o valor da indemnização. Numa declaração conjunta, pediram ainda desculpa pela morte, que lamentam "profundamente".
A declaração, cita a Sky News, reconhece que "nenhuma criança deve sofrer como Ella sofreu".
Rosamund Adoo-Kissi-Debrah e os seus outros filhos, irmãos de Ella, estiveram, esta quinta-feira, com a ministra do Ambiente, Emma Hardy. A mulher lembra que esta decisão "não vai trazer Ella de volta", mas ajuda a que o público perceba que "a poluição atmosférica é um assassino invisível".
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