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Egito critica proibição da agência da ONU para palestinianos em Israel

O Egito criticou hoje a decisão de Israel de proibir as atividades da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), considerando-a "desrespeito inaceitável" pela ONU e pela comunidade internacional.

Egito critica proibição da agência da ONU para palestinianos em Israel
Notícias ao Minuto

05/11/24 11:50 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

Israel informou oficialmente as Nações Unidas na segunda-feira da decisão de cortar os laços com a UNRWA, na sequência de uma votação dos deputados israelitas que adotaram medidas no sentido de proibir a organização que é considerada vital para os palestinianos.

 

"O Egito condena veementemente a retirada de Israel do acordo que rege as operações da UNRWA e a suspensão das operações", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio numa nota publicada hoje nas redes sociais.

O acordo com Israel remonta a 1967, ano em que Israel começou a ocupar os territórios palestinianos da Cisjordânia e de Gaza, bem como Jerusalém Oriental, onde a UNRWA prestou ajuda essencial aos refugiados palestinianos durante décadas.

O Egito faz fronteira com a Faixa de Gaza, onde Israel está em guerra com o Hamas desde 07 de outubro de 2023, dia do ataque sem precedentes do movimento Hamas contra o território israelita.

A resposta militar de grande escala de Israel está a provocar uma catástrofe humanitária o enclave palestiniano.

O Cairo descreveu a decisão de Israel como um "desenvolvimento perigoso destinado a apagar a causa palestiniana", em particular a questão dos refugiados, assim como o direito de regresso.

O Egito acrescentou que a "decisão inaceitável" constitui mais uma violação flagrante e sistemática do direito internacional e do direito humanitário por parte de Israel.

Na semana passada, o Parlamento israelita (Knesset) aprovou uma lei que proíbe as operações da UNRWA, que gere escolas, centros de saúde e outros serviços essenciais, nomeadamente em Gaza e na Cisjordânia.

Uma segunda lei proíbe os funcionários israelitas de colaborarem com a agência da ONU, o que pode vir a ter graves repercussões nas atividades da organização e nos esforços humanitários.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito alertou também "graves consequências causadas aos civis palestinianos".

A diplomacia egípcia considera o Governo israelita "totalmente responsável pelas repercussões da decisão" e sublinha que o papel da UNRWA "não pode ser substituído ou abolido".

O organismo foi criado em dezembro de 1949 pela Assembleia Geral das Nações Unidas após o primeiro conflito israelo-árabe, que se seguiu à criação do Estado de Israel um ano antes.

A UNRWA presta assistência a cerca de seis milhões de refugiados palestinianos em Gaza, na Cisjordânia, no Líbano, na Jordânia e na Síria.

Leia Também: Irão nega promoção da escalada no conflito e defende direito à autodefesa

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