"Estamos a acompanhar de perto as eleições norte-americanas e os seus processos para detetar possíveis influências", disse o secretário-geral do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, quando questionado sobre uma previsível vitória do republicano Donald Trump.
Hayashi recusou-se a comentar os resultados antes de serem definitivos, mas reafirmou a vontade de Tóquio de manter a cooperação com Washington sob a nova administração resultante das eleições de terça-feira.
"A aliança nipo-americana é a base da diplomacia e da segurança do Japão", afirmou, citado pela agência espanhola EFE.
Hayashi referia-se à política externa e à aliança militar do Japão, em vigor desde 1960, que permite a presença de bases militares norte-americanas em solo japonês, bem como um compromisso de defesa mútua.
"Vamos continuar a nossa cooperação em vários domínios e como parceiros globais com um papel fundamental na manutenção de uma ordem internacional livre e aberta, ao mesmo tempo que reforçamos a capacidade de dissuasão da nossa aliança", acrescentou durante uma conferência de imprensa.
O regresso de Trump à presidência pode significar que voltará a exigir que o Japão aumente as contribuições para acolher bases norte-americanas, um pedido que fez na campanha a outros aliados dos Estados Unidos, como a Coreia do Sul.
Donald Trump, 78 anos, já reivindicou a vitória nas eleições de terça-feira, embora os resultados finais ainda não tenham sido confirmados.
Segundo projeções dos 'media' norte-americanos, Trump está a três votos eleitorais dos 270 necessários para regressar à Casa Branca (presidência=.
"Quero agradecer ao povo americano a extraordinária honra de ser eleito o vosso 47.º Presidente", disse aos apoiantes no Centro de Convenções de Palm Beach, no estado da Florida.
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