Hutis reclamam abate de drone norte-americano
Os rebeldes Huti do Iémen reclamaram o abate na manhã de hoje do que descreveram como um drone norte-americano, na continuação dos ataques do grupo apoiado pelo Irão no Mar Vermelho.
© Mohammed Hamoud/Getty Images
Mundo Médio Oriente
Os militares norte-americanos reconheceram os vídeos que circulam 'online', mostrando o que parece ser uma aeronave em chamas em queda e um conjunto de destroços a arder no solo possivelmente na província de al-Jawf, no Iémen, acrescentando que estão a investigar o incidente, sem mais detalhes.
Não é ainda claro que tipo de aeronave foi abatida no vídeo noturno de baixa qualidade, embora os hutis, numa declaração posterior, tenham alegado que abateram um drone norte-americano MQ-9 Reaper.
O grupo iemenita possui mísseis terra-ar, como o iraniano conhecido como 358, com capacidade para abater aeronaves.
Teerão nega ter armado os rebeldes, ainda que tenham sido encontradas armas fabricadas no Irão no campo de batalha e em carregamentos marítimos com destino ao Iémen destinados aos rebeldes xiitas, apesar do embargo das Nações Unidas.
Os hutis têm sido um elemento chave do autodenominado "Eixo da Resistência" patrocinado pelo Irão nos conflitos no Médio Oriente, que inclui o Hezbollah do Líbano, o Hamas na Palestina e outros grupos no Iraque.
Desde que tomaram o norte do país e a sua capital, Sanaa, em 2014, os rebeldes abateram drones MQ-9 Reaper no Iémen em 2017, 2019, 2023 e 2024. Os militares norte-americanos recusaram-se a fornecer um número total.
Os Reapers, que custam cerca de 30 milhões de dólares (28 milhões de euros) cada, podem voar a altitudes até 15.240 metros e alcançar uma autonomia até 24 horas.
Este tipo de aeronaves não tripuladas tem sido pilotada pelos militares dos Estados Unidos e da agência de informações CIA sobre o Iémen durante anos.
O grupo Huti atacou mais de 90 navios mercantes com mísseis e drones desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023, apreendeu uma embarcação e afundou outras duas, numa campanha militar que também matou quatro marinheiros.
Outros mísseis e drones foram intercetados por uma coligação liderada pelos Estados Unidos no Mar Vermelho ou não conseguiram atingir os seus alvos, que incluíram também navios militares ocidentais.
Os rebeldes afirmam que têm como alvo navios ligados a Israel, aos Estados Unidos ou ao Reino Unido para forçar o fim da operação de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
No entanto, muitos dos navios atacados têm pouca ou nenhuma ligação com o conflito, incluindo alguns com destino ao Irão.
Em outubro, os militares norte-americanos lançaram bombardeiros furtivos Stealth B-2 para atingir 'bunkers' subterrâneos utilizados pelos hutis.
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