"Trump deve demonstrar que não está a repetir as políticas erradas do passado", defendeu Zarif, em declarações aos jornalistas.
Para o governante, Donald Trump deve reconhecer que a sua política de "pressão máxima" levou a que os níveis de enriquecimento de urânio no Irão aumentassem de 3,5% (estipulados no acordo nuclear de 2015) para 60%. É necessário um limite de 90% para produzir uma bomba atómica.
Em 2018, os EUA, durante o mandato de Donald Trump, abandonaram o acordo nuclear assinado entre o Irão e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) -- EUA, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha.
Trump voltou também a impor sanções contra o Irão, que tinham sido suspensas no âmbito do pacto.
Um ano depois, Teerão reduziu a sua cooperação com a Organização Internacional de Energia Atómica, restringindo as inspeções às suas instalações nucleares.
O Presidente eleito dos EUA "deveria ver quais são as vantagens e desvantagens desta política e se deseja continuá-la ou mudá-la", assinalou Mohamad Javad Zarif.
Leia Também: "Totalmente infundadas". Irão nega envolvimento em plano para matar Trump