A oposição pró-ocidental deste país do Cáucaso recusou-se a reconhecer o resultado das eleições legislativas, que terminaram com a vitória do Sonho Georgiano, acusado pelos seus críticos de deriva autoritária e pró-russa.
A chefe de Estado georgiana, que dispõe de poderes limitados, condenou numa conferência de imprensa uma "eleição controlada e manipulada por um único partido", referindo-se ao Sonho Georgiano.
"Estamos agora perante uma crise", declarou, acrescentando ser necessário organizar "novas eleições para que a Geórgia possa ter um parlamento legítimo, um Governo legítimo".
Zurabichvili, que acusa a Rússia de ingerência eleitoral, anunciou que um grupo de deputados de oito países europeus, incluindo França e Alemanha, se encontra na Geórgia para ajudar a "encontrar soluções para esta crise".
O presidente do parlamento, Chalva Papuachvili, recusou encontrar-se com a delegação que, ao fim da tarde, se juntou a uma manifestação da oposição pró-europeia em frente ao edifício do parlamento.
A União Europeia, à qual a Geórgia aspira aderir, tem vindo a exercer pressão sobre o Governo georgiano desde as eleições legislativas de 26 de outubro, sobre as quais existem, declarou na sexta-feira o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, "graves suspeitas de fraude, que necessitam de uma investigação séria".
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