"Havia civis que tinham vindo beber chá e que se tinham sentado no estabelecimento", disse Lway Yay Oo, porta-voz do Exército de Libertação Nacional Ta'ang (TNLA), um dos grupos rebeldes que tem lutado contra o governo birmanês.
Pelo menos quatro civis ficaram feridos e foram hospitalizados, acrescentou a mesma fonte.
O ataque ocorreu numa altura em que a junta militar, formada após um golpe de Estado em 2021, enfrenta uma oposição armada generalizada e os militares são acusados de excessos mortais, incluindo o uso de bombardeamentos aéreos e fogo de artilharia para punir civis.
Este ataque é a mais recente violação, por parte dos generais no poder, de um cessar-fogo com a aliança de grupos rebeldes negociado por Pequim e assinado em janeiro, após meses de combates que deslocaram mais de meio milhão de pessoas, perto da fronteira sul da China.
O acordo permitiu que os rebeldes conservassem grandes extensões de território que tinham conquistado no Estado de Shan, que faz fronteira com a China e alberga um mosaico de grupos étnicos rebeldes e milícias.
Esta região tem sido palco de uma ofensiva coordenada por três grupos insurrectos, incluindo o TNLA, desde outubro de 2023, e os combates recomeçaram em junho.
Na semana passada, o líder da junta, Min Aung Hlaing, afirmou durante uma reunião com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que o exército estava pronto para a paz se os grupos rebeldes se comprometessem a fazê-lo.
A China tem sido um dos principais fornecedores de armas ao governo militar e tem apoiado politicamente o regime birmanês.
No espaço de um ano, a junta perdeu terreno considerável na região para a coligação de rebeldes do TNLA, do Exército da Aliança Democrática Nacional de Myanmar (MNDAA) e do Exército Arakan (AA).
Os rebeldes apoderaram-se do comando militar regional e assumiram o controlo do comércio através da fronteira.
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