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Líder dos conservadores alemães acusa Scholz de estar a "dividir o país"

O líder da União democrata-cristã (CDU), Friedrich Merz, acusou hoje o chanceler alemão, Olaf Scholz, de estar a "dividir o país" e de viver "noutro mundo", depois de ser confirmada a moção de confiança para 16 de dezembro.

Líder dos conservadores alemães acusa Scholz de estar a "dividir o país"
Notícias ao Minuto

13/11/24 15:06 ‧ Há 19 Horas por Lusa

Mundo Friedrich Merz

O líder da CDU e candidato a chanceler falou no parlamento alemão (Bundestag) depois de Olaf Scholz discursar.

 

Merz defendeu que como "consequência lógica" deveria ter sido convocado uma moção de confiança "imediatamente e sem demora" e não fazer os alemães esperar mais.

"Está a dividir o país, senhor chanceler. É o único responsável por estas controvérsias e por esta divisão na Alemanha. Não se pode governar desta forma", acusou Merz, dedicando algum tempo a discutir o caminho até às novas eleições.

O líder dos conservadores vai apoiar alguns projetos, mas, garante, não vai ser "o substituto do governo falhado".

Annanela Baerbock, dos Verdes - partido que integra o governo minoritário em conjunto com o Partido Social Democrata (SPD), após a saída do Partido Democrático Liberal (FDP) -, substituiu Robert Habeck e falou em nome do partido. O atual ministro da Economia, e candidato a chanceler nas eleições previstas para fevereiro de 2025, não conseguiu chegar a tempo devido a uma avaria do avião em que deveria viajar desde Lisboa.

No seu discurso, a ministra dos Negócios Estrangeiros defendeu o trabalho do governo da chamada 'coligação semáforo', não querendo entrar em controvérsias para conseguir "aplausos gratuitos".

Christian Lindner, líder dos liberais do FDP, sublinhou que as novas eleições constituem uma oportunidade para a Alemanha. O antigo ministro das Finanças descreveu a sua demissão, pelo chanceler, como "libertadora".

Olaf Scholz tinha descrito a decisão de afastar Lindner como "correta e inevitável", uma demissão que ditou o fim da 'coligação semáforo' e a convocação de uma moção de confiança que vai ser votada a 16 de dezembro.

Alice Weidel, co-líder da Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema-direita, centrou as suas críticas no partido conservador por recusar trabalhar em conjunto.

"Não pode realizar nenhuma das coisas que promete. Não é uma alternativa a este governo e a este chanceler", acusou Weidel, acrescentando que quase todas as decisões erradas e fatais para o "declínio da Alemanha e da economia" alemã podem ser atribuídas à antiga chanceler da CDU, Angela Merkel.

Já Markus Söder, líder da CSU, o partido irmão da CDU na Baviera, acusou a 'coligação semáforo' de ficar para a história da República Federal da Alemanha como o "governo mais fraco", acrescentando em inglês que é altura de "dizer adeus, senhor Scholz".

"Metade do mundo está a rir-se da Alemanha, do teatro que temos aqui montado", salientou, referindo-se às notícias que dão conta da falta de papel no país que poderia impedir uma eleição antecipada.

Após a saída dos liberais, e até às eleições antecipadas, que deverão acontecer a 23 de fevereiro, Scholz liderará um Governo minoritário formado pelo seu partido, o SPD, e pelos Verdes.

Leia Também: Chanceler alemão confirma moção de confiança e quer evitar "impasse"

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