Ataque em Brasília "gera tensão maior" para segurança do G20
O Rio de Janeiro reforçou a partir de hoje a segurança com militares para a cimeira do G20, com as autoridades a admitirem que o ataque suicida de quarta-feira em Brasília "gera tensão maior" para o evento.
© Mateus Bonomi/Anadolu via Getty Images
Mundo Brasil
"O facto de ontem [explosões em Brasília] claro que gera tensão maior. Toda a segurança envolvida está com uma atenção maior a esse fato. Aquele tipo de explosivo é caseiro, não é nada sofisticado", disse o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, citado na imprensa carioca.
Em conferência de imprensa em Brasília, um dia depois do ataque suicida com um explosivo em frente ao Supremo Tribunal Federal e a poucos metros do palácio presidencial e do Congresso, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, frisou que "todo episódio sempre trás alertas," e que por isso as autoridades estarão "cada vez mais atuantes".
"Estou indo hoje à tarde para o Rio de Janeiro para acompanhar pessoalmente todas as ações para que a gente tenha garantia de segurança no evento", sublinhou.
Ambos destacaram a entrada em vigor, hoje, do decreto através do qual o Presidente brasileiro, Lula da Silva, permitiu a participação de membros das Forças Armadas nas tarefas de garantia da segurança durante o evento, que decorrerá na segunda e terça-feira.
A medida permite que cerca de 9.000 militares se juntem aos 12.000 polícias e membros de diferentes organizações de segurança que foram mobilizados para uma cimeira onde são esperadas delegações de 40 países e 15 organizações internacionais, como os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, da China, Xi Jinping, e do primeiro-ministro, Luís Montenegro.
A assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores do Brasil admitiu que algumas dessas delegações fizeram perguntas sobre a segurança da cimeira após o atentado em Brasília, mas que o plano inicial será mantido.
Enquanto soldados do Exército apoiarão as tarefas de patrulhamento e vigilância nas áreas de circulação e permanência dos líderes, membros da Marinha farão a guarda da Baía de Guanabara, que banha os jardins do Museu de Arte Moderna (MAM), local do evento.
A Força Aérea, por sua vez, será responsável pela garantia do espaço aéreo em toda a cidade, para o que foi determinado o encerramento temporário do aeroporto Santos Dumont, utilizado para voos regionais e que fica ao lado do MAM.
As Forças Armadas também serão responsáveis pela escolta das autoridades e pela proteção de infraestruturas estratégicas.
De acordo com o gabinete do governador do Rio de Janeiro, o plano de segurança prevê ainda a inspeção diária de possíveis artefactos explosivos e um sistema para detetar e neutralizar drones que se aproximem a menos de 14 quilómetros do MAM e da região hoteleira onde estarão as autoridades.
O plano prevê ainda o bloqueio de vias importantes.
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