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Ministro Ben Gvir recusa ajuda a civis em Gaza "enquanto houver reféns"

O ministro da Segurança israelita, Itamar Ben Gvir, recusou hoje fazer concessões à população civil de Gaza enquanto não forem libertados todos os reféns raptados há mais de um ano pelo Hamas em Israel.

Ministro Ben Gvir recusa ajuda a civis em Gaza "enquanto houver reféns"
Notícias ao Minuto

15/11/24 16:00 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

"Penso que enquanto tivermos reféns em Gaza não devemos fazer concessões, nem mesmo à população civil", afirmou Ben Gvir, líder do partido de extrema-direita Força Judaica, citado pela agência espanhola Europa Press.

 

Ben Gvir atribuiu a recente entrega de ajuda humanitária a uma "má decisão" do Governo e recordou que foi o único que votou contra a medida, segundo os meios de comunicação social israelitas.

O Hamas e outros grupos extremistas palestinianos mantêm reféns cerca de um centena de pessoas desde o ataque de 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em curso na Faixa de Gaza.

Ben Gvir também abordou as declarações feitas esta semana pela procuradora-geral de Israel, Gali Baharav-Miara, que pediu ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que avaliasse a possibilidade de demitir Ben Gvir.

A procuradora alegou que Ben Gvir "interfere ilegitimamente no funcionamento" das forças de segurança e violou decisões e ordens do Supremo Tribunal sobre a questão.

"Parece que o ministro está a usar a sua autoridade para fazer nomeações e terminar o mandato de oficiais de uma forma que constitui uma intervenção ilegítima", afirmou a procuradora.

"Será ela ou eu", comentou Ben Gvir, que descreveu na quinta-feira as declarações da procuradora como "uma tentativa de golpe de Estado".

"Estamos a aproximar-nos do momento em que não terei outra alternativa senão fazer um ultimato a Netanyahu sobre este assunto. Só um de nós pode continuar no cargo. Ela já devia ter saído há muito tempo", acrescentou.

Conhecido pelas suas políticas contra o povo palestiniano, Ben Gvir juntou-se repetidamente a colonos ilegais para invadir o complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental Ocupada, o que provocou protestos dos palestinianos.

Leia Também: Congressistas pedem a Biden que sancione dois ministros israelitas

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