Acordo UE-Mercosul? É de "grande importância económica e estratégica"
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reuniu-se hoje com o chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, e reforçou o interesse no acordo comercial com o Mercosul e o apoio à aliança contra a fome.
© Lusa
Economia Acordo Comercial
Numa nota divulgada nas redes sociais, Ursula von der Leyen, após o encontro com Lula da Silva, na cidade brasileira do Rio de Janeiro, frisou que o acordo UE-Mercosul é de "grande importância económica e estratégica".
Estas declarações contrastam com as do Presidente francês que hoje afirmou ao seu homólogo argentino que a França se opõe ao acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e que espera negociações entre os países envolvidos.
"Não acreditamos no acordo tal como foi negociado", e fechado em 2019, afirmou Emmanuel Macron aos 'media' franceses em Buenos Aires, no final de uma visita à Argentina, durante a qual se encontrou com o presidente deste país, Javier Milei.
Ursula von der Leyen encontra-se no Rio de Janeiro para participar entre segunda e terça-feira na cimeira do G20, na qual os líderes das principais economias mundiais vão discutir reformas das instituições internacionais, transição energética e adesão a uma aliança contra a fome.
A presidente da Comissão Europeia destacou ainda que "a Europa apoia plenamente a Aliança Global contra a fome e a Pobreza", que será oficialmente lançada, na segunda-feira, por Lula da Silva no início dos trabalhos da cimeira.
A iniciativa prevê a criação de uma plataforma global onde os países poderão incluir os seus programas de erradicação da fome e da pobreza, estabelecendo os seus próprios planos e metas, e os membros da Aliança ajudarão a atingir esses objetivos com contribuições financeiras.
A plataforma servirá também para partilhar experiências, tecnologias e conhecimentos sobre os planos bem-sucedidos.
A 08 de novembro, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, declarou que Portugal se associa à Aliança do G20 Contra a Fome e a Pobreza como membro fundador e que o faz "com grande empenho e entusiasmo".
As reuniões de segunda-feira e terça-feira no Rio de Janeiro serão presididas pelo chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, país que este ano assumiu a liderança do grupo das 20 maiores economias do mundo, que agregam cerca de dois terços da população mundial, 85% do Produto Interno Bruto (PIB) e 75% do comércio internacional.
Para além dos representantes dos países membros plenos do grupo, mais a União Europeia e a União Africana, são esperados representantes de 55 países ou organizações internacionais, entre os quais Portugal - país convidado pelo Brasil -, que será representado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, Angola e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Entre os principais líderes que estarão no Museu de Arte Moderna (MAM) destaca-se o Presidente cessante dos Estados Unidos, Joe Biden, e o líder chinês, Xi Jinping. Ambos terão agendas paralelas, com Biden a deslocar-se antes à capital amazónica de Manaus e com Xi a visitar Brasília para um encontro com Lula da Silva, um dia após terminar a cimeira.
O principal ausente será o Presidente russo, Vladimir Putin, representado pelo seu chefe da diplomacia, Sergei Lavrov, já que o Tribunal Penal Internacional tem um mandado de prisão contra Putin por crimes de guerra no conflito na Ucrânia.
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