Macron considerou também que a declaração conjunta desta cimeira publicada na noite de segunda-feira "teria beneficiado se fosse mais explícita" sobre o conflito na Ucrânia e que "fica aquém das fórmulas que já tínhamos conseguido obter".
Biden autorizou a Ucrânia a atacar o território russo com mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos.
Os mísseis norte-americanos, com um alcance máximo de várias centenas de quilómetros, permitirão à Ucrânia atingir os locais de logística do Exército russo e os aeródromos de onde descolam os bombardeiros.
Os mísseis 'ATACMS' fornecidos pelos Estados Unidos deveriam ser inicialmente utilizados na região fronteiriça russa de Kursk, onde soldados norte-coreanos foram destacados para apoiar as tropas russas, segundo a imprensa dos Estados Unidos, citando funcionários norte-americanos que falaram sob anonimato.
A decisão de Washington de autorizar a Ucrânia a utilizar estes mísseis foi uma reação à presença do destacamento de tropas norte-coreanas, segundo as mesmas fontes.
Os líderes do G20 conseguiram chegar a consenso sobre uma declaração final na cimeira anual, na qual destacam a aliança global contra a fome, mas com reduzidas menções aos vários conflitos regionais e o imposto sobre super-ricos.
A inclusão social e combate à fome e à pobreza, desenvolvimento sustentável, transições energéticas e ação climática e a reforma das instituições de governança global, prioridades da presidência brasileira, foram consagradas na declaração dos líderes com o objetivo de "orientar ações em direção a resultados concretos".
Contudo, em relação aos conflitos na Faixa de Gaza e no Líbano, os líderes das maiores economias mundiais apenas enfatizam para "a necessidade urgente de expandir o fluxo de assistência humanitária" e um "apoio a um cessar-fogo abrangente" nos dois territórios.
A palavra Ucrânia aparece mencionada apenas uma vez na declaração dos líderes do G20, na qual fazem parte países como Estados Unidos, Rússia, China, França, entre outros, frisando para "o sofrimento humano e os impactos negativos adicionais da guerra" e saudando "todas as iniciativas relevantes e construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura, mantendo todos os Propósitos e Princípios da Carta da ONU para a promoção de relações pacíficas".
Em nenhum momento a Rússia é explicitamente mencionada na secção sobre o conflito na Ucrânia.
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