"O que está a acontecer em Gaza é indescritível", denunciou o senador Bernie Sanders durante uma conferência de imprensa, referindo-se à morte de dezenas de milhares de civis no território palestiniano, à destruição de edifícios e ao "bloqueio por parte de Israel de uma ajuda humanitária desesperadamente necessária".
"Mas o que torna a situação ainda mais dolorosa é que a maior parte do que lá acontece está a ser feito com armas norte-americanas e com o apoio dos contribuintes norte-americanos", lamentou.
Ao lado de um punhado de democratas eleitos, o senador socialista apresentou várias resoluções condenando a ajuda norte-americana a Israel, que serão submetidas quarta-feira a votação.
"Os Estados Unidos são cúmplices destas atrocidades. Esta cumplicidade deve acabar e esse é o propósito destas resoluções", declarou Bernie Sanders.
A menos que haja uma surpresa, estes textos não deverão ser aprovados, com um grande número de representantes eleitos no Congresso a demonstrarem um apoio inabalável a Israel, um aliado histórico dos Estados Unidos.
"Serão os Estados Unidos, fortes no seu compromisso com Israel, forçados a ficar cegos ao sofrimento que ocorre diante dos nossos olhos?", perguntou o senador Chris Van Hollen na mesma conferência de imprensa.
As operações israelitas no território palestino deixaram 43.972 mortos, a maioria civis, de acordo com o último relatório do Hamas, hoje divulgado.
Israel retaliou ao massacre do Hamas de 1.206 pessoas cometido por comandos do movimento islâmico a 07 de outubro de 2023, na maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais.
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