"É do nosso conhecimento que o nível de apoio ainda é insuficiente", disse o comissário da Justiça, Didier Reynders, perante os eurodeputados, em sessão plenária em Estrasburgo, em França.
No âmbito de um debate sobre o apoio prestado à Ucrânia e os últimos desenvolvimentos no conflito, nomeadamente a presença de militares norte-coreanos para apoiar a Rússia, o comissário europeu insistiu que os 27 têm de fazer mais.
E fazer mais, continuou, passa por levantar as restrições que alguns Estados-membros ainda têm ao armamento e equipamento militar que disponibilizaram.
Em causa está, por exemplo, a impossibilidade de atingir o território russo com parte do armamento disponibilizado pelos países europeus, um pedido que a Ucrânia tem feito insistentemente.
Didier Reynders pediu aos países da UE para contribuírem com mais mísseis, mais sistemas de defesa antiaérea, mais munições.
Caso contrário, será impossível "inverter o rumo do conflito em favor da Ucrânia".
A União Europeia, no conjunto dos Estados-membros, prevê enviar até ao final do cerca de um milhão de munições de artilharia para a Ucrânia. A meta já tinha sido estabelecida em 2023, mas atrasos na aquisição fizeram com que o bloco comunitário falhasse o prazo.
As restrições em relação ao armamento têm por base o receio de uma escalada do conflito, pelo que alguns países colocaram a cláusula de que só poderia ser utilizado para defender o território ucraniano e para atacar posições russas nas zonas ocupadas.
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