Universidade Nacional de Timor-Leste quer certificar proficiência em português

A Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL) quer o apoio do Instituto Português do Oriente (IPOR) para começar a certificar a proficiência em língua portuguesa, disse hoje à Lusa o reitor da instituição.

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Lusa
27/11/2024 16:22 ‧ há 2 horas por Lusa

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João Soares Martins disse que uma delegação da UNTL visitou hoje o IPOR para saber mais sobre a experiência do instituto, sediado na região semiautónoma chinesa de Macau, na certificação do conhecimento de português.

 

"Nós, na nossa universidade, no nosso Centro de Língua Portuguesa, queremos também ter essa capacidade", explicou Soares Martins.

O dirigente sublinhou que a UNTL terá primeiro de "lutar para obter uma base legal", algo que terá de passar por um decreto-lei do Governo de Timor-Leste, mas acrescentou que, mais tarde, o IPOR pode ajudar a universidade.

"Queremos que eles partilhem a experiência deles e trabalhem connosco para elevar a capacidade do nosso Centro de Língua Portuguesa, para ter a capacidade de certificar a proficiência" em português, disse Soares Martins.

Também na região chinesa, a UNTL e a Universidade de Macau (UM) assinaram na segunda-feira um acordo de cooperação que prevê "mais oportunidades para a mobilidade dos professores e dos estudantes", sublinhou o reitor.

A delegação timorense visitou na UM o Departamento de Português, o Laboratório de Referência do Estado para Investigação de Qualidade em Medicina Chinesa e a Faculdade de Direito, onde foram formados alguns dos atuais docentes da UNTL.

"Seria bom a Universidade de Macau poder fornecer algumas vagas para os nossos professores poderem continuar os seus cursos, tanto mestrado como doutoramento", sublinhou Soares Martins.

O responsável falava à margem do segundo dia da 14.ª conferência anual do Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa (Forges), que termina na quinta-feira.

A UNTL, a Universidade Católica Timorense São João Paulo II e a Universidade de Díli vão organizar de forma conjunta a 15.ª edição da reunião da Forges, entre 25 e 27 de novembro de 2025, referiu o dirigente.

"Será uma grande honra e uma grande vantagem também para Timor-Leste poder receber esta conferência", disse Soares Martins.

"Estamos entusiasmados porque raramente temos eventos dos países lusófonos ou da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] em Díli", referiu o reitor da UNTL.

A conferência da Forjes conta com o apoio da Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Na terça-feira, na abertura da conferência deste ano, organizada pela Universidade Politécnica de Macau, a presidente da Forges, Margarida Mano, anunciou que o evento vai decorrer em Angola, em 2026, e na Guiné--Bissau, em 2027.

A antiga ministra da Educação portuguesa disse que a Universidade de Luanda vai acolher a reunião anual da Forges daqui a dois anos, com a conferência seguinte a cargo da Universidade Lusófona da Guiné-Bissau.

Leia Também: CPLP defende pluralismo como instrumento para construir alianças

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