Macron agradece aos envolvidos na reconstrução da Notre Dame

O Presidente francês agradeceu hoje aos envolvidos na restauração da Notre Dame, em Paris, por terem "transformado o carvão em arte", durante uma visita para ver o novo interior da catedral, quase destruída por um incêndio há cinco anos.

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© CHRISTOPHE PETIT TESSON/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
29/11/2024 19:42 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Notre Dame

"O choque da reabertura será, creio, tão forte como o do incêndio, mas será um choque de esperança", disse Emmanuel Macron, num discurso no interior da igreja.

 

Macron falou perante mais de 1.300 trabalhadores, especialistas e mecenas do restauro, que puderam entrar no templo renovado, mais iluminado e com paredes pintadas de branco, durante a última visita às obras antes da grande reabertura, a 07 e 08 de dezembro, após cinco anos de trabalhos.

O chefe de Estado comentou que, quando o incêndio deflagrou, a 15 de abril de 2019, a reabertura em 2024 parecia um objetivo impossível. Mas graças à vontade, ao esforço e ao entusiasmo de todos os envolvidos, foi possível fechar esta "ferida nacional" a tempo.

"Em abril de 2019, decidimos que [a restauração] ia durar cinco anos. É verdade que no início nos disseram muito que não seria possível, que era uma loucura, que era arbitrário (...). Vocês conseguiram. Conseguiram algo que parecia impossível", salientou.

Notre Dame, assinalou o governante, "pertence aos fiéis, mas também a toda a França e ao mundo inteiro".

"É maior do que nós", sublinhou.

A onda de solidariedade mundial que se seguiu ao incêndio, com 340.000 mecenas de cerca de 50 países, é prova disso.

Visivelmente emocionado, segundo o relato das agências internacionais, o Presidente francês recordou em especial o general Jean-Louis Georgelin, responsável pelo projeto de reconstrução até à sua morte acidental em agosto de 2023.

"Penso que ele teria ficado orgulhoso e feliz", afirmou.

Também não deixou de destacar a ação dos bombeiros de Paris, que deram um exemplo de "coragem, grandeza e sacrifício" para preservar o templo gótico da destruição total pelas chamas.

Foram eles, segundo o Presidente, os primeiros a iniciar a reconstrução de Notre Dame nesse mesmo dia.

Depois vieram os arquitetos, pedreiros, carpinteiros, escultores, pintores e inúmeros outros especialistas que Macron convidou hoje a nunca esquecerem "que durante cinco anos das suas vidas partilharam a mais bela obra do século".

A reconstrução, que envolveu mais de 2.000 trabalhadores e 250 empresas ao longo deste período, deixou Notre Dame essencialmente fiel à sua configuração anterior, embora tenham sido feitas modificações para aumentar os padrões de segurança e evitar acidentes como o de 2019.

O projeto teve um orçamento de 700 milhões de euros e, embora a grande reabertura oficial tenha lugar a 07 de dezembro - seguida, no dia 08, de uma reabertura ao público com uma missa de manhã e outra à tarde -, os trabalhos em Notre Dame terão de continuar até 2030.

Leia Também: Notre-Dame prepara-se para reabrir ao público. Eis a visita de Macron

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