Os 'jihadistas' e seus aliados entraram em Alepo, a segunda cidade da Síria, no início do dia de hoje, após dois dias de uma ofensiva relâmpago contra o regime de Bashar al-Assad, que pôs fim a anos de relativa calma no noroeste da Síria.
"A força aérea russa está a realizar ataques contra o equipamento e os homens dos grupos armados ilegais, contra as posições, os stocks e a artilharia dos terroristas", disse um porta-voz do Ministério da Defesa citado pelas agências russas.
De acordo com este porta-voz, 200 combatentes foram "eliminados" nas últimas 24 horas, uma informação que a agência France-Presse (AFP) declarou não ter podido verificar.
"A operação para repelir o ataque dos extremistas continua", disse Oleg Ignasiouk, vice-chefe do Centro de Reconciliação do Ministério da Defesa russo para a Síria.
A Rússia é o mais importante apoiante militar do regime de Bashar al-Assad, que tem ajudado desde 2015 a ganhar vantagem na guerra civil síria.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), os combates dos últimos dias fizeram mais de 255 mortos e são os mais violentos desde 2020 no noroeste da Síria, onde a província de Alepo, maioritariamente nas mãos do regime de Assad, é contígua ao último grande reduto rebelde e 'jihadista' de Idlib.
Hoje, duas testemunhas disseram à AFP terem visto homens armados em Alepo e relataram cenas de pânico na grande cidade do norte da Síria.
De acordo com o OSDH, organização com sede em Londres que dispõe de uma vasta rede de fontes na Síria, o grupo 'jihadista' HTS (Organização pela Libertação do Levante, também conhecido como Al-Qaida na Síria)) e os grupos aliados, alguns dos quais próximos da Turquia, tinham chegado de manhã às portas da cidade, "depois de terem efetuado dois atentados suicidas com carros armadilhados".
Também o Irão, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Abbas Aragchi, transmitiu hoje ao seu homólogo sírio, Bassam al-Sabbagh, o apoio de Teerão na luta contra o grupo HTS e outras milícias na região de Alepo.
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