Frank, a quem deram 3 meses, sobre eutanásia: "Agora posso morrer em paz"

Passo dado pelos deputados britânicos faz com que um projeto de lei sobre a morte medicamente assistida seja discutido na especialidade, assim como as votações em ambas as câmaras do parlamento.

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© BENJAMIN CREMEL / AFP) (Photo by BENJAMIN CREMEL/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
30/11/2024 23:44 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Reino Unido

A semana terminou no Reino Unido com uma aprovação por parte do parlamento que dá mais um passo para a morte medicamente assistida.

 

A 'luz verde', que consiste na aprovação de um projeto de lei que visa autorizar doentes adultos em fase terminal e com menos de seis meses de vida a recorrer a ajuda para terminar com ela, foi bem recebida por alguns pacientes com quem a Sky News falou.

Frank Sutton foi uma dessas pacientes, que assistiu à sessão parlamentar e que, na altura em que os resultados foram declarados, disse: "Agora, posso morrer em paz".

Sutton foi diagnosticada com hepatopatia e, na última semana, foi-lhe diagnosticado um cancro. Os médicos deram-lhe três a seis meses de vida, mas segundo a Sky News, ela tem desafiado as probabilidades. À publicação britânica, Sutton contou que está a perder a capacidade de mobilidade e defendeu que esta 'luz verde' dizia respeito a fazer algo mais do que tomar morfina para aguentar as dores.

"É sobre sair numa cadeira de rodas e passear os meus cães com o meu marido [... ]. É sobre qualidade de vida. Para mim, para os meus amigos, para os meus animais. A dor pode ser gerida. E se a dor pode ser gerida, a qualidade de vida também. Mas se não temos qualidade de vida, não temos vida", defende.

Sublinhando que o "corpo é seu, que a escolha é sua", a mulher rejeita que a decisão seja egoísta. Apesar de agora ainda haver um caminho que pode demorar até dois anos para que a morte medicamente assistida seja uma realidade no seu país - e sabendo que pode morrer antes disso -, Sutton conta que sabe que, pelo menos, pode vir a ter uma escolha.

Leia Também: Parlamento britânico aprova legislação para morte medicamente assistida

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