"A China condena veementemente e rejeita com firmeza esta ação gratuita e provocatória", declarou um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.
Na semana passada, Vílnius anunciou que três funcionários da embaixada chinesa eram "indesejáveis no país".
A Lituânia não deu razões precisas para esta decisão, mas referiu-se a "atividades que violam a Convenção de Viena e a lei da República da Lituânia".
As relações entre Pequim e Vílnius deterioraram-se desde 2021, devido à abertura de um "Gabinete de Representação de Taiwan" na Lituânia.
Esta iniciativa rompeu com a prática diplomática dominante na Europa de não utilizar a palavra "Taiwan" na designação oficial dos escritórios de representação de Taipé, para não ofender Pequim, que reivindica a ilha como uma província sua.
Na mesma declaração, a China acusou a Lituânia de "minar a soberania e a integridade territorial da China" e de "minar" as relações entre os dois países durante "três anos".
As relações entre as duas capitais deterioraram-se ainda mais em meados de novembro, depois de terem sido cortados cabos submarinos no Mar Báltico, incluindo um que ligava a ilha sueca de Gotland à Lituânia.
As suspeitas recaem sobre um navio chinês, o Yi Peng 3, que passou por cima dos cabos quando estes se romperam, segundo os portais de controlo do tráfego marítimo.
A Suécia abriu uma investigação sobre a sabotagem e a Lituânia anunciou a criação de uma equipa conjunta de investigadores com a Suécia e a Finlândia, com a assistência da Eurojust, a agência da União Europeia responsável pela cooperação judicial.
A China negou qualquer responsabilidade no caso e disse na sexta-feira que estava "disposta a cooperar" com os investigadores.
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