Guiné-Bissau. Cooperação portuguesa ajuda a lançar Observatório da Mulher

Um grupo de organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau lançou hoje, com o apoio da cooperação portuguesa, o projeto 'Observatório da Mulher' no país, visando a pesquisa, advocacia e influência de políticas públicas sobre temáticas femininas.

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Lusa
04/12/2024 16:58 ‧ há 8 horas por Lusa

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Guiné-Bissau

A iniciativa é da Liga Guineense dos Direitos Humanos, ACEP - Associação para a Cooperação Entre os Povos, AMPROCS (Associação de Mulheres Profissionais da Comunicação Social), Miguilan (Mindjeris Di Guiné Nô Lanta, Mulheres da Guiné, erguemo-nos), com o apoio da Casa dos Direitos.

 

"A iniciativa vai contribuir para um maior conhecimento da situação das mulheres e meninas no país, nomeadamente recolha de dados sobre a violência doméstica, todos os fenómenos degradantes à condição feminina e falta de oportunidade nos espaços de decisão" do país, disse à Lusa Gueri Gomes, da direção da Liga dos Direitos Humanos.

O responsável adiantou que o projeto hoje lançado vai funcionar durante três anos dando ênfase a ações de coleta de dados "sobre todos os fenómenos que atentam contra a condição feminina" na Guiné-Bissau, "da infância à fase adulta".

Todas as ações do 'Observatório da Mulher' serão financiadas pelo Camões -- Instituto da Cooperação e da Língua de Portugal, precisou Guerri Gomes.

A antiga ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural, e conhecida ativista das questões da mulher na Guiné-Bissau, Nelvina Barreto, da organização Miguilan, é da opinião de que o observatório irá contribuir para "um maior conhecimento da situação das mulheres na Guiné-Bissau".

A ativista disse acreditar que a nova estrutura irá ajudar a garantir os direitos políticos, económicos e sociais das mulheres no país.

"Pretende-se com esta iniciativa colocar a temática feminina no centro da agenda nacional, criando espaços de debate, de coleta de informação, diagnóstico e análise profunda, de produção e divulgação de conhecimento, para melhor monitorar progressos, desafios e oportunidades", referiu.

Com o apoio financeiro da União Europeia, a Liga Guineense dos Direitos Humanos e o Instituto Marquês de Valle Flôr têm em funcionamento, desde julho de 2022, o observatório de prevenção e combate ao extremismo e radicalismo na Guiné-Bissau.

Aquele observatório é conhecido pelo nome 'No Cudji Paz' (escolhamos a paz na Guiné-Bissau).

Leia Também: Suspensa greve no principal hospital da Guiné-Bissau

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