"Juntos, somos bons parceiros na defesa da democracia", afirmou William Lai, num banquete no qual participaram o Governador de Guam, Lou Leon Guerrero, e Ingrid Larson, diretora em Washington do Instituto Americano em Taiwan (AIT), a embaixada de facto dos EUA na ilha.
Ingrid Larson afirmou que "os Estados Unidos continuarão a ajudar Taiwan a reforçar as capacidades de autodefesa e a capacidade de se proteger contra a coerção".
Lai falou também na quarta-feira por telefone com o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, indicou a presidência taiwanesa, sem especificar o conteúdo da conversa.
A China instou os Estados Unidos a "deixarem de enviar sinais errados" às "forças independentistas de Taiwan", na sequência do telefonema.
Perante "a insistência dos Estados Unidos em organizar encontros com Lai e intercâmbios oficiais entre os Estados Unidos e Taiwan, instamos os Estados Unidos a reconhecerem claramente o grave perigo que representam os atos separatistas a favor da independência de Taiwan", reagiu Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa.
A visita de Lai ao Pacífico é a sua primeira viagem ao estrangeiro desde que assumiu funções em maio. O objetivo é reforçar o apoio internacional a Taiwan, numa altura em que a China procura apoderar-se dos poucos aliados que lhe restam.
Depois de Guam, o líder taiwanês, que já visitou o estado norte-americano do Havai, as Ilhas Marshall e Tuvalu, vai concluir a deslocação na sexta-feira em Palau, o terceiro país do Pacífico a reconhecer Taipé.
Há ainda 12 países em todo o mundo que ainda não o fizeram, alguns dos quais mudaram o seu apoio para Pequim, especialmente após promessas de ajuda e investimento.
Pequim, que se opõe a qualquer contacto oficial entre Taipé e países estrangeiros, condenou "veementemente" a visita de Lai, instando Washington a "deixar de se imiscuir em Taiwan".
A China considera Taiwan como uma das suas províncias, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do território desde o fim da guerra civil chinesa em 1949, e não exclui o recurso à força para o conseguir.
Leia Também: William Lai diz que Taiwan e o território de Guam devem defender liberdade