Hamas "espera chegar a acordo" sobre Gaza na nova ronda negocial 

A organização islâmica Hamas, que governa a Faixa de Gaza, disse hoje estar "esperançosa em chegar a um acordo" para acabar com a guerra no enclave, agora que os mediadores internacionais retomaram as negociações com Israel sobre o assunto.

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© RODGER BOSCH/AFP via Getty Images

Lusa
06/12/2024 12:26 ‧ 06/12/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Num comunicado, Basem Naim, membro do gabinete político do Hamas, referiu que o grupo também está "preparado para mostrar flexibilidade" nas negociações sobre a aplicação do acordo, incluindo "o calendário para a retirada das tropas israelitas dos pontos-chave da Faixa de Gaza", um dos pontos de discórdia habituais entre as partes.

 

Nos últimos meses, as exigências israelitas de permanecer no corredor de Netzarim, criado pelo exército para separar o norte do sul do enclave, e no corredor de Filadélfia, a fronteira entre Gaza e o Egito no sul, foram rejeitadas pelos islamitas.

Naim considerou que o regresso de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos (tomará posse a 20 de janeiro) poderá influenciar "positivamente" a situação no enclave, citando a promessa de campanha do magnata de acabar com as guerras.

Dias antes, Trump tinha prometido nas redes sociais "um inferno" no Médio Oriente se os reféns israelitas ainda detidos pelo Hamas não fossem libertados antes do seu regresso ao cargo. 

No total, 96 dos 251 raptados pelos milicianos em 07 de outubro de 2023 ainda se encontram na Faixa de Gaza, dos quais pelo menos 34 estão mortos, segundo os serviços secretos israelitas.

Quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, insistiu que existe uma nova "oportunidade" para chegar a um acordo de libertação de reféns na Faixa de Gaza.

"Talvez tenhamos agora uma oportunidade de chegar a um acordo sobre os reféns. Israel está seriamente empenhado em chegar a um acordo sobre os reféns e espero que o consigamos fazer, e o mais rapidamente possível", afirmou Saar numa mensagem de vídeo partilhada pelo seu gabinete.

Em termos semelhantes, o ministro da defesa israelita, Israel Katz, disse na quarta-feira que "existe a possibilidade" de chegar a um novo acordo de libertação de reféns com o Hamas.

Uma delegação israelita visitará o Cairo "nos próximos dias" para discutir um possível acordo de tréguas em Gaza e uma troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, disse uma fonte de segurança egípcia à agência noticiosa espanhola EFE, prevendo a sua chegada "no início da próxima semana".

No meio deste novo esforço nas negociações, o Qatar, que tinha retirado a sua mediação, acusando as partes de falta de seriedade, também retomou discretamente o seu papel nas negociações, segundo reportou quinta-feira o The Times of Israel.

Em mais de um ano de guerra, o Hamas e Israel só chegaram a um acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos em novembro do ano passado, que resultou na libertação de mais de uma centena dos 251 raptados a 07 de outubro.

Desde então, as negociações para uma nova trégua têm sido em vão e antigos membros do governo israelita, como o político da oposição Benny Gantz e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant (demitido no início de novembro), acusam o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de impedir o acordo por razões políticas.

Leia Também: Israel comunica aos EUA "oportunidade de acordo" sobre reféns

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