Síria. Forças governamentais retiram-se da cidade oriental de Deir Ezzor

As forças sírias e os seus aliados apoiados pelo Irão abandonaram subitamente a cidade oriental de Deir Ezzor e arredores, disse hoje uma organização não-governamental à agência noticiosa France-Presse (AFP).

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Lusa
06/12/2024 13:00 ‧ 06/12/2024 por Lusa

Mundo

Síria

"As forças do regime sírio e os comandantes dos grupos aliados apoiados pelo Irão retiraram-se subitamente da cidade de Deir Ezzor e da sua zona rural, com colunas de soldados a dirigirem-se para o centro da Síria", disse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.

 

A coligação de insurrectos, liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham, ou HTS, em árabe), lançou a ofensiva ao lado dos rebeldes apoiados pela Turquia a 27 de novembro (no mesmo dia em que Israel e o Hezbollah assinaram um acordo de cessar-fogo no Líbano) e, desde então, capturou um grande número de cidades, entre elas Alepo e Hama, agora Deir Ezzor e Homs.

Quinta-feira, o secretário-geral do grupo xiita libanês Hezbollah, Naim Qassem, garantiu que o grupo estará ao lado da Síria para "frustrar os objetivos" da ofensiva insurgente lançada contra posições regime do Presidente Bashar al-Assad.

"A agressão na Síria é patrocinada pelos Estados Unidos e por Israel. Estes grupos 'takfiri' [extremistas] são instrumentos que estão a utilizar para tentar destruir a Síria. Estaremos ao lado da Síria para pôr termo a esta agressão", declarou o líder do Hezbollah num discurso transmitido pela televisão, sem especificar de que forma.

"Não conseguirão atingir os objetivos [...] E nós, Hezbollah, estaremos, tanto quanto possível, ao lado da Síria para derrotar os objetivos dos rebeldes", frisou.

O Hezbollah, apoiado por Teerão, é um dos principais aliados de al-Assad e participou ao lado do exército sírio e das milícias iranianas nas várias ofensivas lançadas durante os últimos 13 anos de guerra contra as fações da oposição.

A formação armada libanesa desempenhou um papel importante na batalha para dominar Alepo, que decorreu entre 2012 e 2016, levando à destruição da cidade que era o coração do tecido industrial do país. 

Mas o envolvimento atual do grupo está em causa devido às perdas que sofreu durante a guerra com Israel no Líbano durante mais de um ano e agora num impasse após as tréguas anunciadas na passada quarta-feira no país.

Leia Também: Cerca de 280 mil pessoas foram deslocadas na Síria desde 27 de novembro

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