Coreia do Sul. Partido no poder falou com PR e mantém pedido de suspensão

O líder do Partido Poder Popular (PPP) sul-coreano, Han Dong-hoon, comunicou hoje ao seu grupo parlamentar que mantinha o pedido de suspensão do Presidente Yoon Seok-yeol, depois de um encontro com o chefe de Estado.

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© PHILIP FONG/AFP via Getty Images

Lusa
06/12/2024 13:57 ‧ 06/12/2024 por Lusa

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Coreia do Sul

Seul, 06 dez 2024 (lusa) -- O líder do Partido Poder Popular (PPP) sul-coreano, Han Dong-hoon, comunicou hoje ao seu grupo parlamentar que mantinha o pedido de suspensão do Presidente Yoon Seok-yeol, depois de um encontro com o chefe de Estado.

 

Yoon enfrenta uma moção de destituição na Assembleia Nacional, que será votada no sábado, depois de ter decretado a lei marcial na terça-feira à noite, uma medida que anulou cerca de seis horas depois.

"Reuni-me com o Presidente Yoon, mas não ouvi nada que alterasse a minha opinião", terá dito Han aos deputados do Poder Popular após o encontro com o chefe de Estado, segundo fontes do PPP citadas pela agência sul-coreana Yonhap.

Funcionários do partido governamental disseram à Yonhap que Han se reuniu com Yoon à tarde (hora local, mais nove horas do que em Lisboa), a que se seguiu o encontro à porta fechada com o grupo parlamentar.

Segundo as mesmas fontes, Han comunicou que Yoon "não iria tomar quaisquer medidas especiais por agora".

O ministro da Defesa em exercício, Kim Seon-ho, assegurou hoje que não irá cumprir qualquer eventual pedido do Presidente Yoon para uma segunda declaração de lei marcial.

"As alegações sobre os preparativos para uma 'segunda lei marcial', levantadas hoje cedo, são totalmente infundadas", disse Kim, citado pelo jornal Chosun, o mais difundido na Coreia do Sul.

"Mesmo que tal pedido fosse feito, o Ministério da Defesa Nacional e o Estado-Maior Conjunto recusar-se-iam categoricamente a cumprir", acrescentou.

Antes do encontro com Yoon, Han tinha pedido a suspensão imediata do Presidente, alegando que o chefe de Estado tinha dado ordens para a detenção de vários dirigentes políticos durante a lei marcial.

"Tendo em conta as recentes informações, penso que é necessário suspender imediatamente o Presidente Yoon Suk-yeol das funções para proteger a República da Coreia [nome oficial do país] e o povo", declarou.

As palavras de Han, que sempre apoiou Yoon, foram interpretadas como uma nova mensagem aos deputados do PPP para que votassem a favor da moção de destituição.

A moção precisa de 200 votos para ser aprovada - dois terços da Assembleia Nacional - o que significa que pelo menos oito deputados do partido no poder terão de se somar aos 192 da oposição.

Na quinta-feira, Han tinha pedido unidade de voto aos parlamentares para impedir a destituição de Yoon.

Mas, horas mais tarde, a imprensa local noticiou que Yoon ordenara as detenções do próprio Han, do líder do Partido Democrático (PD, oposição), Lee Jae-myung, e do presidente do parlamento, o independente Woo Won-shik.

Os 'media' sul-coreanos disseram que tinham sido mobilizadas unidades militares para efetuar as detenções.

O líder do PD também pediu a suspensão imediata de Yoon depois das declarações de Han.

"Um Presidente que põe em perigo a vida dos cidadãos através de actos inconstitucionais e ilegais não pode ser encarregado da governação do Estado nem por um momento", justificou Lee, numa declaração no parlamento".

Em declarações à agência francesa AFP, Lee considerou que a democracia sul-coreana está a viver o "momento mais crítico" da sua história, com a votação da destituição do Presidente marcada para as 19:00 de sábado (10:00 em Lisboa).

"As próximas horas são extremamente perigosas. Esta noite será o momento mais crítico", disse Lee.

O PD convocou os seus 170 deputados para acamparem no parlamento até à votação de sábado, a fim de evitar uma repetição dos acontecimentos da noite de terça para quarta-feira, quando tropas especiais tentaram tomar o edifício.

"As pessoas podem pensar que os militares e a polícia estariam relutantes em apoiar uma segunda tentativa, mas Yoon poderá explorar as lacunas para tentar novamente", alertou Lee.

Leia Também: Coreia do Sul. Líder do partido no poder pede suspensão do presidente

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