Em comunicado, o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, recordou que já se passaram seis meses desde a detenção de mais de 50 funcionários da ONU, organizações não-governamentais (ONG) internacionais e nacionais, sociedade civil e missões diplomáticas, além de quatro outros funcionários da ONU que estão detidos desde 2021 e 2023.
O secretário-geral reconhece a recente libertação de um funcionário da ONU e dois funcionários de ONG, mas lembra que a detenção arbitrária contínua de dezenas de outros "é inaceitável e constitui uma violação do direito internacional", frisou Dujarric.
"Essas detenções ameaçam a segurança do pessoal humanitário e prejudicam significativamente os esforços para ajudar milhões de pessoas necessitadas. Essas ações são inconsistentes com o envolvimento genuíno nos esforços de paz", sublinha o comunicado.
Ainda de acordo com Dujarric, as Nações Unidas, ONG e outros parceiros internacionais estão neste momento a trabalhar com todos os "canais e autoridades possíveis para garantir a libertação imediata dos detidos arbitrariamente".
Os Hutis estão envolvidos numa guerra civil com o Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, apoiado por uma coligação liderada pela Arábia Saudita, desde 2014, quando assumiram o controlo da capital, Sanaa, e da maior parte do norte do país.
A guerra no Iémen já matou mais de 150.000 pessoas, entre combatentes e civis, e criou uma das piores catástrofes humanitárias do mundo.
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