"O fim da ditadura de Assad é um desenvolvimento positivo e há muito esperado. Também mostra a fraqueza dos apoiantes de Assad, a Rússia e o Irão", disse Kaja Kallas numa publicação na rede social X.
Kallas acrescentou que a prioridade da UE é "garantir a segurança" na região.
Comprometendo-se a trabalhar com "todos os parceiros construtivos" na Síria e, de forma mais ampla, na região, a responsável europeia alertou para o processo de reconstrução da Síria, temendo que seja longo e difícil.
"O processo de reconstrução da Síria será longo e complicado e todas as partes devem estar preparadas para se envolverem de forma construtiva", escreveu.
The end of Assad’s dictatorship is a positive and long-awaited development. It also shows the weakness of Assad’s backers, Russia and Iran.
— Kaja Kallas (@kajakallas) December 8, 2024
Our priority is to ensure security in the region. I will work with all the constructive partners, in Syria and in the region.
Os rebeldes declararam hoje Damasco 'livre' do presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrotar o governo sírio.
O presidente sírio, no poder há 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), desconhecendo-se, para já, o seu paradeiro.
Rússia, China e Irão manifestaram preocupação pelo fim do regime, enquanto a maioria dos países ocidentais e árabes se mostrou satisfeita por Damasco deixar de estar nas mãos do clã Assad.
No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.
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