Bashar al-Assad e família em Moscovo. Rússia vai conceder-lhes asilo

Informação está a ser noticiada pela imprensa estatal russa. Os rebeldes declararam hoje Damasco livre de Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva lançada por uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante, juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrotar o governo sírio. O ex-líder sírio esteve no poder durante 24 anos.

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© JOSEPH EID/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
08/12/2024 17:53 ‧ 08/12/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Síria

O presidente Bashar al-Assad e a sua família estão em Moscovo e a Rússia vai conceder-lhes asilo, avança a agência estatal russa TASS, que cita fonte do Kremlin.

 

De realçar que muito se especulava sobre o paradeiro de Assad, depois de ter sido noticiada a sua fuga de Damasco antes da chegadas dos rebeldes à capital. A Rússia, um dos aliados mais próximos de Assad, já  tinha confirmado a sua saída da Síria, mas não disse onde este se encontrava. 

"Assad e os membros da sua família chegaram a Moscovo. A Rússia, por razões humanitárias, concedeu-lhes asilo", disse a fonte à agência.

"Os funcionários russos estão em contacto com os representantes da oposição armada síria, cujos líderes garantiram a segurança das bases militares e das instituições diplomáticas russas no território da Síria", acrescentou.

Sabia-se que o presidente deposto da Síria tinha embarcado num avião na madrugada de domingo, em Damasco, segundo dois oficiais superiores do exército. A aeronave, que inicialmente voava em direção à região costeira da Síria, fez uma inversão de marcha abrupta e voou na direção oposta durante alguns minutos, antes de desaparecer do radar. Era desconhecido o seu paradeiro e o da sua mulher Asma e dos dois filhos de ambos. 

Grupos rebeldes anunciaram hoje, num discurso na televisão pública síria, a queda do 'tirano' Bashar al-Assad, garantindo que libertaram todos os prisioneiros detidos 'injustamente' e apelando aos cidadãos e combatentes que preservem as propriedades do Estado. 

A 27 de novembro, uma coligação de insurrectos liderada pela Organização de Libertação do Levante (OLL, herdeira da antiga filial síria da Al-Qaida) lançou uma ofensiva contra o governo de Bashar al-Assad, e, em pouco mais de uma semana, controlou as cidades de Alepo e Hama, ambas capitais de província.

[Notícia atualizada às 18h18]

Leia Também: Guterres vê "oportunidade histórica" para Síria e pede que se evite violência

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