"Esperamos que os atores internacionais, em particular as Nações Unidas, se aproximem do povo sírio e apoiem a formação de um governo inclusivo", declarou o chefe da diplomacia turca numa audiência de embaixadores em Ancara.
"Queremos ver uma Síria onde os diferentes grupos étnicos e religiosos vivam em paz, com uma abordagem que venha a considerar um governo inclusivo", insistiu o ministro turco, cujo país apoia os grupos rebeldes que participaram na ofensiva relâmpago contra o regime sírio.
Fidan disse querer ver "uma nova Síria que mantenha boas relações com os países vizinhos e que traga paz e estabilidade à região", afirmando que a Turquia está "pronta a dar o apoio necessário nesse sentido".
Ancara já tinha indicado no domingo que queria ajudar a Síria a "garantir a unidade e a segurança".
"Vamos continuar o nosso trabalho para garantir o regresso seguro e voluntário dos sírios e a reconstrução do país", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros turco.
A Turquia acolhe cerca de três milhões de refugiados sírios em virtude da guerra civil que se prolonga desde 2011.
Hoje, um ataque turco fez 11 mortos, incluindo seis crianças, todos da mesma família, numa aldeia do norte da Síria, numa zona sob administração curda, disse hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
De acordo com a organização não-governamental com sede em Londres tratou-se de um ataque com um aparelho aéreo não tripulado ('drone').
O ataque turco ocorre pouco depois de a oposição síria ter declarado Damasco "livre" do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia.
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