Hegseth escreveu hoje na rede social X (antigo Twitter) que ia a Guantánamo para visitar a base e "ser mantido a par das operações de deportação de imigrantes ilegais".
O Pentágono sublinhou, num comunicado, que esta viagem ilustra "o empenho do Departamento da Defesa em garantir a segurança e a eficácia operacional" da base e constitui uma "oportunidade para dialogar com as equipas dedicadas que desempenham um papel fundamental na missão da base".
A base de Guantánamo, um enclave norte-americano na costa sudeste de Cuba, é conhecida pela sua prisão militar, aberta após os atentados de 11 de Setembro de 2001 e onde se encontram ainda detidas 15 pessoas.
Também tem sido utilizada pelos Estados Unidos para deter migrantes, dezenas dos quais chegaram nas últimas semanas.
O Comando Sul dos EUA (que coordena as Forças Armadas do país numa região que inclui Cuba) fez saber na semana passada que os migrantes detidos na base foram deportados para a Venezuela, mas não disse se outros aviões tinham chegado desde então.
Em meados de fevereiro, organizações de defesa dos direitos humanos e de refugiados apresentaram uma ação judicial contra o Governo Trump para obter acesso aos migrantes detidos em Guantánamo, denunciando a falta de informação sobre a duração e as condições da sua detenção.
As Nações Unidas, por sua vez, afirmaram no mês passado que os migrantes só deveriam ser colocados em detenção "em último recurso".
Donald Trump fez da luta contra a imigração ilegal a principal prioridade do seu novo mandato presidencial (2025-2029) e prometeu uma grande campanha de deportações.
Assim que regressou à Casa Branca, a 20 janeiro, declarou o estado de emergência na fronteira entre os Estados Unidos e o México e enviou o Exército para assegurar a sua vigilância.
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