Ligado à Al-Qaida, o grupo Al-Shebab luta há mais de 15 anos contra o governo federal da Somália, apoiado pela comunidade internacional, para instaurar a lei islâmica neste país, que se encontra entre os mais pobres do mundo.
"Mais de 70 militantes extremistas foram eliminados graças aos esforços coordenados do exército nacional e das forças locais", lê-se num comunicado do Ministério da Informação, acrescentando que estas operações 'proativas' tiveram lugar em várias localidades de Hirshabelle.
"Para além de perdas significativas entre os militantes, foi apreendido um grande depósito de armas e foram destruídos vários veículos de combate utilizados pelos extremistas", acrescenta-se no texto.
Várias testemunhas confirmaram os combates, mas a agencia francesa France-Presse, que deu a informação, não conseguiu confirmar o número avançado pelas autoridades somalis de forma independente.
As fontes entrevistadas pela AFP relataram que a operação do exército surgiu em resposta aos ataques dos Al-Shebab nestas zonas nos últimos dois dias.
O Al-Shebab realizou no passado numerosos atentados bombistas e outros ataques em Mogadíscio e em várias regiões deste país instável do Corno de África.
Embora tenham sido expulsos da capital pelas forças da União Africana (UA) em 2011, os rebeldes ainda estão presentes nas zonas rurais.
O Presidente da Somália prometeu uma guerra "total" contra o Al-Shebab e, nesse sentido, o exército juntou forças com milícias de clãs locais numa campanha militar apoiada por uma força da União Africana e por ataques dos EUA.
No entanto, esta ofensiva tem sofrido reveses.
Na região semiautónoma de Puntland, no norte do país, as autoridades locais anunciaram a tomada da cidade de Shibab, considerada um reduto do grupo extremista Estado Islâmico, no âmbito de uma outra ofensiva lançada há várias semanas contra a organização fundamentalista nesta zona.
Segundo o portal de notícias Somali Guardian, as forças de Puntland apoderaram-se também de uma zona em torno da cadeia montanhosa de Al-Miskad, no âmbito dos progressos registados nos últimos dias, que lhes permitiram igualmente apoderar-se de armas, combustível e material médico.
As operações das forças da região semiautónoma têm sido apoiadas por bombardeamentos dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos (EAU), num contexto de reforço das operações de segurança contra o EI.
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