Califórnia discute lei sobre avisos para riscos à saúde mental nas redes sociais

Uma proposta legislativa visa fazer do Estado da Califórnia, que acolhe as maiores empresas tecnológicas mundiais, o primeiro a requerer avisos nas plataformas das redes sociais para os riscos que estas colocam à saúde mental.

Notícia

© Shutterstock

Lusa
10/12/2024 07:54 ‧ 10/12/2024 por Lusa

Mundo

Califórnia

Apoiada pelo procurador-geral estadual, Rob Bonta, a legislação é vista pelos seus apoiantes como necessária para aumentar a segurança das crianças quando estão em linha, mas os empresários já prometeram combater esta medida e outras similares.

 

Etiquetas com avisos sobre as redes sociais têm ganho apoios bipartidários de dezenas de procuradores-gerais, depois de o cirurgião-geral dos EUA, Vivek Murthy, no início deste ano, ter apelado ao Congresso para estabelecer esta determinação, alegando que as redes sociais são um dos fatores responsáveis pela crise de saúde mental entre os jovens.

"Estas empresas conhecem o impacto negativo eu os seus produtos podem ter nas nossas crianças, mas recusam tomar medidas para as tornar mais seguras", afirmou Bonta, ma segunda-feira, durante uma conferência de imprensa. "O tempo está a esgotar-se. É tempo de exigirmos mudanças".

Cerca de 95% dos jovens com idades entre 13 e 17 anos dizem que usam uma plataforma de redes sociais, mais de um terço a dizer que usam as redes sociais "quase constantemente", segundo um levantamento de 2022, feito pelo Pew Research Center.

As preocupações dos pais levaram a Austrália a aprovar a primeira lei que proíbe o acesso a redes sociais a menores de 16 anos, em novembro.

"A promessa das redes sociais, se bem que real, evoluiu para uma situação em que a atenção das nossas crianças tornou-se uma mercadoria", disse na segunda-feira a autora da proposta legislativa, Rebecca Bauer-Kahan, que integra a Assembleia Legislativa californiana.

"A economia da atenção está a usar as nossas crianças e o seu bem-estar para fazer dinheiro para estas empresas californianas", acentuou.

Um grupo apoiante da proposta, o Common Sense Media, já declarou a sua vontade de agir em outros Estados para se criarem propostas semelhantes.

Na última década, a Califórnia tem-se posicionado como líder na regulação e no combate à indústria tecnológica para procurar aumentar a segurança das crianças em linha.

O Estado foi o primeiro em 2022 a proibir as plataformas em linha de usar informação pessoal dos seus utilizadores de forma que pudesse ser prejudicial para as crianças.

A Califórnia foi um dos Estados que processou a Meta, em 2023, e a TikTok, em outubro, para conceberem de forma propositada características aditivas que mantenham as crianças dependentes das suas plataformas.

Leia Também: Atiram-se de lancha para evitar colisão com navio no Brasil

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas