"É muito preocupante ver ataques e movimentações israelitas em território sírio. Isso tem de parar. É extremamente importante", afirmou Pedersen, numa conferência de imprensa realizada hoje em Genebra.
Segundo anunciou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Israel fez mais de 300 ataques aéreos contra a Síria desde que a oposição tomou Damasco.
A organização, com sede em Londres e que conta com uma vasta rede de fontes em toda a Síria, afirmou ter registado "310 ataques" da "força aérea israelita" desde o anúncio da queda do regime do agora ex-Presidente Bashar al-Assad, na manhã de domingo.
O observatório adiantou ainda que um centro de investigação em Damasco, subordinado ao Ministério da Defesa sírio, foi completamente destruído na sequência de ataques israelitas, como relata um jornalista da agência de notícias francesa AFP.
Este centro em Barzé, que os Estados Unidos afirmam estar ligado ao programa de armas químicas sírio, já tinha sido alvo de ataques em abril de 2018 durante ataques concertados entre norte-americanos, franceses e britânicos.
Até ao momento, as autoridades israelitas ainda não se pronunciaram sobre estes ataques contra território sírio.
Na conferência de hoje, Geir Pedersen referiu ainda que o grupo radical islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), responsável pela ofensiva que levou à queda de Bashar al-Assad, tem, até ao momento "enviado mensagens positiva" à população.
"A realidade até agora é que o HTS e outros grupos armados enviaram uma mensagem positiva ao povo sírio", referiu, sublinhando que essas palavras devem agora ser transformadas em ações no terreno.
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