Segundo a RSF, 181 jornalistas foram "mortos pelo regime sírio e pelos seus apoiantes", dos quais 161 pelas forças do regime e 17 "pelos bombardeamentos russos", sendo que os responsáveis por estas mortes "não devem ficar impunes".
Por estas mortes e pela detenção e tortura de jornalistas na Síria durante anos, "Bashar al-Assad e os seus aliados fizeram da Síria um dos piores países do mundo para os profissionais dos media", sublinhou o responsável pela Repórteres Sem Fronteiras para o Médio Oriente, Jonathan Dagher.
No fim de semana, os rebeldes declararam Damasco 'livre' do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, derrubar o governo sírio.
O Presidente sírio, que esteve no poder 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde e asilou-se na Rússia, segundo as agências de notícias russas TASS e Ria Novost.
Segundo a Repórteres Sem Fronteiras, desde a queda de al-Assad foram libertados dois jornalistas, mas na segunda-feira ainda continuavam detidos outros 23 repórteres e dez estavam desaparecidos.
Esta organização acredita ainda que "diferentes grupos rebeldes e fações armadas também participaram na repressão de jornalistas na área que controlavam".
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