Enquanto o canal estatal apenas referiu ataques aéreos "pesados" "israelitas" nos arredores da capital, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos disse que os caças atingiram seis alvos militares diferentes pertencentes ao regime deposto de Bashar al-Assad.
Foram também atingidas duas zonas na região de Sueida, onde se situam antigos quartéis militares, segundo um comunicado da ONG com sede no Reino Unido e uma vasta rede de parceiros no terreno.
Para além dos bombardeamentos, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, ordenou ao exército que mantenha as suas posições no lado sírio do Monte Hermon, na zona desmilitarizada dos Montes Golã, durante os meses de inverno.
"Por causa do que está a acontecer na Síria, manter o cume do Monte Hermon é uma questão de segurança de grande importância", disse Katz aos soldados israelitas estacionados na área na quinta-feira, de acordo com um comunicado emitido hoje pelo seu gabinete.
O exército israelita deslocou-se para a zona desmilitarizada dos Montes Golã, ocupada em grande parte por Israel desde a guerra de 1967, na sequência da queda do regime sírio de Bashar al-Assad, no domingo, perante uma ofensiva relâmpago dos rebeldes islamitas.
O destacamento, que as autoridades israelitas dizem ser temporário, foi criticado por alguns países árabes e pela ONU, cujo secretário-geral, António Guterres, afirmou na segunda-feira que se tratava de uma violação do acordo territorial de 1974 entre Israel e a Síria.
O país defende a sua decisão de proteger as comunidades fronteiriças israelitas face à instabilidade no país vizinho.
Num comunicado divulgado na tarde de hoje, as forças israelitas explicaram ter encontrado "mísseis antitanque, coletes militares, munições e equipamento militar" durante a sua intervenção na zona fronteiriça, e partilharam imagens das armas localizadas.
Os Montes Golã são um planalto estratégico que Israel ocupou durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexou formalmente em 1981, um ato não reconhecido pela comunidade internacional.
Este território montanhoso de cerca de 1.300 quilómetros quadrados faz fronteira com a Jordânia e o Líbano.
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