Enviado especial da ONU pede alívio das sanções após queda de Assad

O enviado especial das Nações Unidas para a Síria apelou hoje para o rápido fim das sanções ocidentais impostas àquele país, para permitir a sua reconstrução, após a queda do regime do Presidente Bashar al-Assad.

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Lusa
15/12/2024 11:31 ‧ há 1 hora por Lusa

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Síria

"Esperamos um fim rápido das sanções para que possamos, realmente, ver uma mobilização em torno da construção da Síria", disse aos jornalistas o enviado da ONU, Geir Pedersen, citado pela Associated Press (AP).

 

Pedersen chegou hoje à capital síria, Damasco, para se reunir com responsáveis do novo governo interino criado pelas antigas forças da oposição que derrubaram Assad, lideradas coligação islamista Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, ou HTS, em árabe), que inclui o antigo ramo sírio da Al-Qaida.

O HTS é designado grupo terrorista pelos EUA, o que pode complicar os esforços de reconstrução, mas as autoridades em Washington indicaram que a administração Biden está a considerar remover a designação.

O Governo sírio tem estado sob sanções rigorosas por parte dos Estados Unidos, da União Europeia e de outros países, como resultado da resposta brutal de Assad ao que começou como protestos antigovernamentais pacíficos, em 2011, e que mais tarde se transformou numa guerra civil.

O conflito matou quase meio milhão de pessoas e desalojou metade da população do país, que era de 23 milhões antes da guerra.

A reconstrução foi dificultada, em grande medida, por sanções que visavam impedir a reconstrução de infraestruturas e propriedades danificadas em áreas controladas pelo Governo, na ausência de uma solução política.

Geir Pederson defendeu hoje que é preciso "iniciar um processo político que inclua todos os sírios".

"Este processo precisa obviamente de ser liderado pelos próprios sírios", vincou o responsável da ONU, apelando à "justiça e responsabilização pelos crimes" cometidos durante a guerra e à comunidade internacional para intensificar a ajuda humanitária.

Leia Também: Síria. ONU denuncia barbárie nas prisões e exige libertação de detidos

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