"O repórter de imagem da Al Jazeera Ahmed al-Louh foi morto hoje, domingo, num bombardeamento israelita", indicou o canal do Qatar, precisando que o ataque visou o campo de refugiados de Nusseirat, no centro do território sitiado.
De acordo com a EFE, cerca de 15 habitantes de Gaza foram mortos quando as tropas israelitas atacaram na última madrugada a escola Jalil Awida, em Beit Hanoun, que albergava cerca de 2.000 deslocados, no norte sitiado da Faixa.
Entre as vítimas mortais estão quatro membros da mesma família, os pais e duas das suas filhas, confirmaram fontes locais à EFE.
Também no norte da cidade de Gaza, pelo menos outras 14 pessoas foram mortas e mais de trinta ficaram feridas quando aviões israelitas atacaram diferentes bairros da capital palestiniana.
O Ministério da Saúde informou que o Exército destruiu "completamente" o centro de saúde Abu Shabak, em Jabalia, a norte do enclave.
O Exército israelita confirmou hoje, em comunicado, que atacou a clínica Abu Shabak, onde o Hamas tinha alegadamente um "armazém de armas e um posto de controlo" a partir do qual planeava ataques.
Indicou ainda que, no sábado à noite, atacou três locais diferentes na cidade de Gaza (a norte do enclave) e realizou um ataque seletivo a um ponto de encontro de milícias na zona de Beit Hanoun e Beit Lahia.
A situação tanto dos hospitais como dos centros de saúde no norte do enclave tornou-se crítica, após as tropas israelitas terem retomado a sua ofensiva nesta parte da Faixa, há mais de dois meses.
Mais dois palestinianos foram hoje mortos na sequência de um bombardeamento israelita perto do hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, informou a Wafa.
O diretor deste hospital do norte, Hosam Abu Safiya, alertou hoje que estão a prestar serviços "abaixo do mínimo exigido", devido à proibição de entrada de medicamentos, combustíveis e material médico.
O responsável adiantou também que Israel permitiu a transferência de cinco doentes para outros hospitais do enclave.
Segundo as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, o número total de vítimas mortais aumentou hoje para 44.976, das quais 70% são mulheres e crianças, e o número de feridos subiu para 106.759, desde o início da ofensiva israelita contra o enclave palestiniano, há mais de 14 meses, em outubro de 2023.
Estima-se ainda que cerca de 10 mil pessoas permaneçam sob os escombros sem poderem ser recuperadas pelas equipas de emergência e da Defesa Civil, devido à intensidade dos ataques israelitas e à falta de maquinaria pesada.
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