"A República Bolivariana da Venezuela condena veementemente as Medidas Extorsivas contra funcionários venezuelanos, que o Governo do Canadá pretende impor, uma ação que confirma, mais uma vez, o seu papel servil de escravo dos interesses imperiais dos Estados Unidos", explica um comunicado.
O documento, divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores, sublinha que "estas ações ilegais, dirigidas contra funcionários legítimos" da Venezuela "não são mais do que uma tentativa falhada de exercer pressão, demonstrando a humilhação e o descrédito internacional do governo canadiano, que se reduz a agir como um peão diminuído e subordinado do governo norte-americano".
"Enquanto o Canadá se ajoelha perante as ordens de Washington, a República Bolivariana da Venezuela mantém-se firme, soberana e inabalável, defendendo a vontade do povo venezuelano e o Estado de direito, sem dar ouvidos a chantagens externas nem a ingerências vergonhosas", conclui.
Hoje o Canadá sancionou a presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, Caryslia Rodríguez Rodríguez, e outros quatro altos funcionários de Caracas, aos que acusa de "minar a democracia" venezuelana.
Segundo a imprensa venezuelana foram ainda sancionados os juízes Juan Carlos Hidalgo Pandares e Edward Miguel Briceño Cisneros. Também Rosalba Gil Pacheco, do Conselho Nacional Eleitoral, e o procurador Luis Ernesto Dueñez Reyes.
Todos os sancionados pelo Canadá tinham já sido sancionados pelos EUA.
"Estamos preparados para utilizar os instrumentos à nossa disposição, incluindo as sanções, para impor custos àqueles que procuram impedir a plena expressão dos direitos democráticos venezuelanos", disse a ministra dos negócios estrangeiros do Canadá, Mélanie Joly, ao anunciar as sanções.
As sanções congelam os ativos que os sancionados possam ter no Canadá e proíbem que pessoas e entidades com sede no Canadá, ou canadianos no estrangeiro, mantenham relações económicas com os sancionados.
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