"É preciso reverter esta tendência" de saída do bloco comunitário

A presidente do Parlamento Europeu disse hoje que é necessário "reverter a tendência" de saída de países da União Europeia, numa referência à saída britânica em 2020, defendendo que o bloco ganhará peso geopolítico com o processo de alargamento.

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Lusa
18/12/2024 17:36 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

UE/Cimeira

À entrada para a quinta cimeira entre a União Europeia (UE) e os países dos Balcãs Ocidentais, em Bruxelas, Roberta Metsola disse que "nos últimos anos saíram mais países" do bloco comunitário "do que aqueles que entraram", aludindo à saída do Reino Unido, em janeiro de 2020.

 

"É preciso reverter esta tendência", defendeu a presidente da assembleia europeia, em declarações aos jornalistas.

Roberta Metsola acrescentou que o alargamento é "a ferramenta geopolítica mais poderosa" da UE.

"Se não avançarmos [na adesão destes países], outros condicionarão", comentou, aludindo, novamente, ao crescimento da influência de Moscovo e de Pequim nestes países.

A primeira cimeira presidida pelo novo presidente do Conselho Europeu, António Costa, junta hoje em Bruxelas líderes da UE e dos Balcãs Ocidentais, que pretendem reforçar a parceria estratégica num contexto de tensões geopolíticas.

No cargo há cerca de duas semanas, o ex-primeiro-ministro português António Costa argumentou que esta cimeira surge num contexto geopolítico que "exige que seja dado um novo impulso ao trabalho da União com os países da região".

Numa altura em que países da região se encontram à espera há vários anos para entrar no bloco comunitário, esta reunião de alto nível acontece um dia antes do também primeiro Conselho Europeu presidido por António Costa.

Os principais temas em debate são o reforço da integração entre a UE e os Balcãs Ocidentais através do plano de crescimento, o aprofundamento do compromisso político e estratégico em vários domínios, incluindo a política externa e de segurança, a construção de uma base económica para o futuro e atenuar o impacto da guerra na Ucrânia causada pela invasão russa e a cooperação na gestão da migração e na luta contra a corrupção e a criminalidade organizada.

No final da cimeira, será divulgada uma posição comum entre UE e Balcãs Ocidentais, com o texto a ser negociado do lado comunitário e subscrito pelo outro bloco, dado que o Kosovo não é reconhecido por alguns países europeus.

Em 2013, a Croácia tornou-se o primeiro dos países dos Balcãs Ocidentais a aderir à UE, enquanto a Albânia, a Bósnia-Herzegovina, o Montenegro, a Macedónia do Norte e a Sérvia têm oficialmente o estatuto de países candidatos.

Leia Também: UE-Balcãs? "Partilhamos o continente, mas mais importante, os valores"

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