Suspeito de matar três crianças em Inglaterra vai a julgamento em janeiro

O suspeito da morte de três crianças numa aula de dança em Inglaterra, no final de julho, um triplo homicídio que provocou protestos violentos, será julgado em janeiro, anunciou hoje o juiz responsável pelo processo.

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© PETER POWELL/AFP via Getty Images

Lusa
18/12/2024 18:12 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Inglaterra

Axel Rudakubana, de 18 anos, que hoje compareceu diante do juiz através de videoconferência, recusou a declarar-se culpado ou inocente, o que levou o juiz do Tribunal da Coroa de Liverpool a considerar que o arguido negava as acusações que lhe eram imputadas.

 

Três meninas, de 06, 07 e 09 anos, incluindo a portuguesa Alice da Silva Aguiar, foram mortas a 29 de julho, em Southport (noroeste de Inglaterra), durante uma aula de dança inspirada na estrela 'pop' norte-americana Taylor Swift, enquanto outras oito crianças e dois adultos ficaram feridos.

Os assassínios originaram violentos motins anti-imigração em Inglaterra e na Irlanda do Norte, após a difusão de rumores falsos nas redes sociais, que atribuíram a responsabilidade do ataque a um requerente de asilo.

Nascido em Cardiff, no País de Gales, numa família oriunda do Ruanda, o alegado autor do crime está a ser julgado pelo triplo homicídio das meninas e pelos ferimentos que causou às outras crianças e adultos.

Apesar de ter sido afastada a hipótese de que Rudakubana teria motivos terroristas para os ataques, o adolescente foi acusado de "possuir informações (...) suscetíveis de serem úteis a uma pessoa que comete ou prepara um ato de terrorismo", após ter sido encontrado na sua casa um manual de treino do grupo extremista Al-Qaida e sobre a produção de ricina, um veneno altamente tóxico.

Rudakubana apresentou-se hoje em tribunal por videoconferência a partir da prisão, mas recusou-se a falar quando questionado como se pretendia declarar face às acusações de que é alvo.

O juiz ordenou então a declaração de inocência para todas as acusações.

O julgamento terá início em 20 de janeiro e deverá durar cerca de quatro semanas.

Cerca de 15 membros das famílias das vítimas, incluindo os pais de uma das meninas mortas, estavam presentes na sala de audiências.

Um organismo responsável pelo controlo da ação policial afirmou hoje que a polícia britânica subestimou o clima de violência e o peso da desinformação que culminou nos motins deste verão.

Leia Também: Recorde de 73 pessoas mortas este ano a tentar atravessar Canal da Mancha

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