As aquisições foram aprovadas com os votos favoráveis dos deputados sociais-democratas, conservadores, verdes e liberais que, segundo o ministro da Defesa alemão, renunciaram a transformar a aprovação numa questão de campanha eleitoral.
Ficou claro para todos que se trata de uma questão "de segurança do país", afirmou Boris Pistorius.
A Rússia está no terceiro ano de guerra e também ataca a Europa através de métodos híbridos, acrescentou Pistorius, que sublinhou ainda que é necessário estar preparado "para poder garantir a segurança apesar da agressão de [Vladimir] Putin", o presidente russo.
As compras para a Marinha incluem quatro submarinos do tipo U212 CD que custarão 4,7 mil milhões de euros e serão encomendados à Thyssenkrup, em conjunto com a Noruega, bem como fragatas e mísseis teleguiados.
Como justificou Pistorius, tal é necessário dada a situação de ameaça da Rússia, que não existe apenas em terra, uma vez que o risco de ser "cercado ou rodeado" debaixo de água também está presente.
O Exército vai receber múltiplos lança-rockets PULS e vai ser impulsionada a sua digitalização, enquanto no campo aéreo serão adquiridos mísseis para sistemas antiaéreos PATRIOT e os sistemas IRIS-T serão modernizados para prolongar a sua vida útil, segundo o Ministério da Defesa.
Tudo isto terá um custo estimado em 21 mil milhões de euros, dos quais 7.000 serão provenientes do fundo extraordinário para modernizar as forças armadas alemãs, de 100 mil milhões de euros, criado pelo Governo na sequência da invasão russa da Ucrânia.
Leia Também: Polícia brasileira faz operação com a Alemanha contra tráfico de droga