Em conferência de imprensa em Bruxelas, o líder polaco, cujo país vai assumir a presidência rotativa do Conselho da UE no primeiro semestre de 2025, insistiu na necessidade de uma política migratória comunitária mais firme e restritiva, semelhante à adotada pelo seu governo.
"Somos contra a exploração da migração ilegal por parte da Rússia e da Bielorrússia. É a nossa causa comum, espero que não haja discussão sobre o assunto e que consigamos convencer toda a gente", segundo o polaco, após a cimeira europeia que se iniciou quarta-feira.
Poucos dias após a entrada em vigor na Polónia de uma nova lei da migração que prevê designadamente a suspensão do direito de asilo em determinadas situações, Tusk afirmou que "há cada vez menos opositores ao plano (polaco) de proteção das fronteiras políticas".
Tusk tem vindo a reunir-se com os seus homólogos italiano e dinamarquês para abordar a questão da migração e confirmar que, na sua opinião, "a Europa tem de recuperar a segurança das suas fronteiras".
Para o antigo presidente do Conselho Europeu, é necessário "recuperar o controlo" das fronteiras do país para contrariar as tentativas russas e bielorrussas de desestabilizar a UE através da exploração das regras de asilo.
A Comissão Europeia confirmou que os Estados-Membros podem "interferir nos direitos fundamentais, como o direito de asilo" em determinadas circunstâncias.
Algumas organizações de defesa dos direitos humanos criticaram a posição e argumentaram que a Polónia estaria a violar as suas obrigações internacionais.
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