Os manifestantes brandiam espingardas e punhais enquanto gritavam palavras de ordem destacando a sua posição inabalável contra Israel.
O membro do Supremo Conselho Político dos Hutis, Abdulaziz bin Habtoor, dirigiu-se aos manifestantes com uma mensagem afirmando o seu compromisso de continuar a lutar contra Israel e os seus aliados norte-americanos.
"Anunciamos o nosso desafio claro e explícito à entidade inimiga israelita e aos seus patrocinadores americanos, e continuaremos a nossa luta com firmeza e paciência na batalha da vitória prometida e da jihad sagrada, em apoio ao povo palestiniano e em defesa do nosso país", frisou.
O líder dos Hutis prometeu ainda a sua disponibilidade para fazer sacrifícios nesta "batalha sagrada", enquanto os manifestantes queimavam bandeiras americanas e israelitas.
Ali Hataba, um manifestante de 20 anos, fez eco dos sentimentos da multidão, sublinhando à agência Efe que saiu à rua para "apoiar os oprimidos em Gaza e desafiar Israel, independentemente do que façam"."
"Vamos travar uma guerra amarga contra eles, mesmo que não reste nenhum de nós", apontou.
O porta-voz militar dos Hutis, Yahya Sarea, esteve presente no comício e fez uma declaração sobre os últimos ataques lançados contra Israel na quinta-feira, alimentando ainda mais o fervor da multidão.
O Exército israelita atacou na quinta-feira instalações vitais em zonas controladas pelos Hutis apoiados pelo Irão no Iémen, causando pelo menos nove mortos.
Esta ação foi realizada em simultâneo com um ataque de mísseis dos Hutis contra Telavive, detalhou o porta-voz.
Os Hutis atacam alvos israelitas há mais de um ano, tanto contra navios ligados ao Estado judeu no mar Vermelho e Arábico, como contra território israelita, em "solidariedade" com o povo palestiniano.
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