Moscovo reivindica captura de aldeia no leste e Kyiv repele 'drones'

A Rússia reivindicou hoje a captura de uma aldeia no leste da Ucrânia, perto das regiões de Zaporíjia e Dnipropetrovsk, enquanto a Ucrânia anunciou ter repelido um ataque de 72 'drones' russos de longo alcance.

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© SERGEY BOBOK/AFP via Getty Images

Lusa
23/12/2024 15:13 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

O Ministério da Defesa russo afirmou hoje em comunicado que as suas forças "libertaram" a aldeia de Storojeve, na região oriental de Donetsk, próxima da pequena cidade de Velyka Novossilka e a cerca de 15 quilómetros das regiões de Zaporíjia e de Dnipropetrovsk.

 

Os russos aceleraram o seu avanço na região de Donetsk e a Ucrânia suspeita ainda que a Rússia está a preparar uma ofensiva na região sul de Zaporijia.

As tropas de Moscovo já ocupam parte desta zona, mas a frente sul tem-se mantido relativamente estável desde o início do ano, em comparação com a frente leste.

Um ataque russo em grande escala representaria um desafio para o Exército ucraniano, cujas forças já estão tensas nas regiões orientais.

Entretanto, a Ucrânia anunciou ter sido atacada por 72 'drones' russos de longo alcance, incluindo 'drones' Shaned, de desenho iraniano, nas últimas 24 horas, em nove regiões do país.

Nesse ataque, Kyiv alega ter destruído pelo menos 47 'drones' e informa que outros 25 desapareceram dos radares graças às forças de defesa aérea, sem provocarem danos.

No entanto, nas regiões de Khmelnytskyy (onde uma pessoa ficou ferida) e em Kyiv, devido a um ataque russo, empresas privadas e habitações foram danificadas.

No domingo, no meio dos contínuos bombardeamentos russos, 655 residentes foram retirados das zonas da linha da frente na região de Donetsk, incluindo 12 crianças, informou o chefe da administração militar regional, Vadim Filashkin.

Também cerca de 60 edifícios residenciais e outros edifícios foram danificados nos ataques a Pokrovsk, Kostyantinvka, Siversk e outras cidades.

De acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), com sede nos EUA, as tropas russas capturaram mais território ucraniano em novembro do que em qualquer outro mês desde março de 2022, o primeiro mês após o início da invasão.

Hoje, os serviços de informações do Reino Unido informaram que o Exército russo lançou um número recorde de 'drones' contra a Ucrânia nesse mesmo mês de novembro, naquilo que descreve como "um aumento sustentado" ao longo deste ano.

De acordo com o Ministério de Defesa britânico, a Rússia lançou aproximadamente 2.300 'drones kamikaze' de diferentes tipos durante o mês de novembro, ultrapassando de novo o total do mês anterior.

A Rússia também acelerou o seu avanço no leste da Ucrânia nos últimos meses, procurando ganhar o máximo de território possível antes que o Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, tome o poder em janeiro.

Trump prometeu acabar rapidamente com o conflito, sem nunca explicar realmente como pretendia proceder, e Kyiv teme ser forçada a um acordo desfavorável, por se encontrar numa situação militarmente desfavorável.

Leia Também: Zelensky acusa primeiro-ministro eslovaco de querer "ajudar Putin"

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